Aqui em Curitiba mesmo presenciei a morte de 3 cinemas. O Plaza da Praça Osório, gigantesco cinema em pleno centro da cidade, fechou e hoje abriga uma igreja. Até os cinemas patrocinados pela Fundação Cultural tiveram o mesmo fim. Cine Ritz e Luz, que tinham uma ótima programação e cobravam 1 real só de entrada no fim de semana, fecharam por problemas de aluguel. A prefeitura prometeu um novo local pra eles na mítica Rua Riachuelo, que está sendo revitalizada, mas até agora nada.
O cine Roxy, lá de Santos, conseguiu driblar isso e até hoje continua sendo um cinema de rua muito frequentado na cidade. Ele era daqueles tipos gigantões, que cabiam pra lá de 1500 pessoas. Lembro de ter assistido "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado" no cinema completamente lotado e todo o frenesi que davam na galera na hora dos sustos. Pois bem, isso foi nos anos 90. Depois o cinema começou a morrer, mas revitalizaram total o lugar. A salona única e gigante foi reformada e hoje abriga umas 4 ou 5 salas super moderninhas.
Ou seja, é possível. Yes we can!
A Bia, amiga de Santos de sempre e com quem minha irmã mora em SP agora, compartilhou no Facebook uma bela história sobre o Belas Artes:
"O cine Belas Artes foi fundamental para minha existência. Lá foi o primeiro encontro dos meus pais, há mais de 35 anos. Ela era secretária e ele acho que técnico. Se conheceram no fretado da empresa e foram assistir ao italiano "A Classe Operária Vai ao Paraíso". Eu amo essa história!".Também amei, Bia!
4 comentários:
o cinema eh roxy
bem lembrado, anônimo. me confundi legal aqui!
já corrigi.
isso é triste mesmo. até os cines bonaerenses estão passando por isso né.
não fui nenhuma vez no Plaza, mas putz. ver aquele espaço transformado em uma 'igreja', é sacanagem. e o Luz era muito legal. fui várias vezes, inclusive quando o ingresso era 1$.
Em Belo Horizonte restam apenas dois cinemas de rua: o Savassi Cineclube, que também abriga festas moderninhas nas noites de quarta a sábado, e o Belas-Artes Liberdade, que ocupa o prédio da antiga sede do DCE da UFMG. Todos com salas pequenas e filmes "de arte". As grandes salas do centro e da Savassi todas fecharam até o inicio dos anos 00 - e se tornaram igrejas, bingos, estacionamentos e shoppings populares a.k.a. camelódromos.
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