terça-feira, 31 de agosto de 2010

1 ano de Pagodeversions"



Hoje percebi que já fez um ano do primeiro vídeo do Pagodeversions, esse aí de cima.

"Bring the caçamba" foi pro mundo no dia 29 de agosto, enquanto eu não tinha mais nada para fazer e morava ainda no meu querido Abasto de Buenos Aires.

Todo mundo me pergunta como é que tudo aconteceu e nunca sei responder. Só sei que o vídeo que bombou mesmo foi "I've fallen in love with the wrong person", que até hoje tem o recorde de views no youtube, mas o mais midiático mesmo foi "Brown Goodgood".

Daí foi matéria no Uol, G1, Vírgula, Jornal da Globo, Jornal do SBT, show em Curitiba, convite pro YouPix do lado do Maestro Billy e até uma participação lendária no Caldeirão do Huck. Também rolou um convite pro programa do Netinho na época. Fui chamado para tocar "Tô chegando na Cohab" em inglês, mas morava longe, achei que seria mico demais e acabei declinando.

Não, não ganhei dinheiro com isso e acho que nem era possível. Mas me diverti muito com o repórter da Globo lá no meu ap das Torres do Abasto, tirando uma foto com o Russo no Projac e viajando para Curitiba para tocar no Guairinha que é um puta teatro.

Como tudo na internet isso foi um boom rápido. Logo os vídeos começaram a não bombar tanto e eu não ter mais saco pra essas versões. Minhas preferidas são "Full of Habits" (Cheia de Manias do Raça Negra) e a versão pra Trem das Onze chamada de Eleven o'clock train.

Passion Pit



Ok, sei que estou meio atrasado mas não paro de escutar esse Cd do Passion Pit.

Contagiante!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

I could shit rainbows

Cagando arco-íris!

Swell Season e o caso de amor com um violão

Violão ferrado no Oscar!

Existe uma relação muito estranha de um violão com seu dono e geralmente você só percebe isso quando toca um violão que não é seu.

Quando um violão que não é o seu está nas suas mãos você fica um pouco mais inseguro. A distância das cordas, dos trastes e o som não é o mesmo. É um território diferente. Muitas vezes você tem que ficar olhando para seus dedos para conferir se eles estão realmente onde deviam estar. Quando você está com a sua viola, nada disso acontece. Você pode tocar de olhos fechados tranquilamente porque conhece aquele instrumento tão bem que não existe chance de errar o acorde ou nota. Você tem uma vida em conjunto com ele. Já tocaram em vários lugares, seja em casa ou numa apresentação e aquela caixa acústica de madeira leva um pouco da sua história com ela.

Quando vi o Glen Hansard, o ruivo irlandês líder do Swell Season, entrando com seu violão esburacado e fudido e cantando "Say to me now" com todo seu coração já me dei conta que o show deles seria honesto, na melhor significado da palavra. Aquele violão esteve junto com ele nas gravações do despretensioso Once, esteve na premiação do Oscar quando eles ganharam como melhor música de 2008 e não podia deixar de estar no Brasil.

Nem vou falar da emoção de escutar "Falling slowly" ao vivo, "LOW Rising", "When your mind's made up", "Leave" e dos covers de Van Morrison tocados naquela viola cheia de causos. Foi um show lindo que valeu muito a viagem pro Rio de Janeiro.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Links, links e links

I Can Read - Um blog só com essas fotos com frases, que tem gente que gosta e gente que odeia.

Cagando Regra - Blog sobre cinema e filmes em geral, feito pelo Vidal, o cara que mais vê filme que conheço.

Buenos Aires Photographer - Grandes fotos de Buenos Aires. Muitas fotos mesmo.

Não compreendo as mulheres - Blog português sobre mocinhas.

Pigs in Maputo - Cartoons de porco sobre a vida em Moçambique? Algo assim.

Ana Pimentel
- Ana Luiza voltando a escrever.

Morri de Sunga Branca - Uma visão única sobre o mundo das celebridades.

Hasta luego!

Lovecast #3

Tá no ar mais uma edição desse podcast que é uma desculpa para beber cerveja, reunir os amigos e falar sobre as coisas da vida.

Lovecast, o podcast que promete trazer o amor a cada 7 dias, está em sua terceira edição.

Nessa episódio falamos sobre amores platônicos, DR's, amor estilo goleiro Bruno e contamos com participação especialíssima de Shana Lima.

Lovecast zero um by lovecast

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Diário de um fumante



Junto com o pessoal do trabalho gravamos essa música pro pessoal do blog "Parar de fumar dá trabalho", que já comentei aqui antes.

Muito divertido poder fazer isso no trabalho. Prestem atenção na vibe "Dinho Ouro Preto" da interpretação.

Putz - O grande mago


Putz o grande mago
Anda por um triz
Fez sumir o seu amor
E não pode ser feliz

Vive resmungando
Que tremendo trapalhão
Apagou a luz do amor
E ficou na escuridão

Putz o grande mago
Anda por um triz
Fez sumir o seu amor
E não pode ser feliz

(2x)

É inacreditável
Tudo aquilo que ele faz
Faz isso
Aquilo
E muito mais
Mas Putz não tem paz

Vive reclamando
Não tem alegria não
Nem riso
Nem sorriso
Não
Nem um pingo de emoção

Putz o grande mago
Anda por um triz
Fez sumir o seu amor
E não pode ser feliz

(2x)

É extraordinário
Tudo aquilo que ele tem
Só que tem
Que ele não tem
Um alguém
Que lhe quer bem

Vive perguntando
Martelando essa questão:
- Será que eu sou feliz?
Ou sou
Um putz teimosão?

Putz o grande mago
Anda por um triz
Fez sumir o seu amor
E não pode ser feliz

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Enquanto isso em Morretes...

IDomingo passado amanheceu um dia lindo e fui dar um passeio em Morretes, aproveitando para comer o clássico barreado na margem do Rio Nhundiaquara.

Depois demos uma volta pelo centro histórico da cidade, que estava bem movimentado por sinal, e encontramos uma loja de antiguidades muito peculiar.

Entre os vários itens à venda, como geladeiras, toca-discos e outros badulaques, encontrei esse singular exemplar do discaço do Agepê. Aquele do "Deeeixa eu te amar, faz de conta que sou o primeiroooo". Realmente valeu o registro.

Se você não é familiar com todo o significado de Morretes e do barreado, sugiro uma pesquisa sobre isso urgente. Vale muito a visita!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tá chegando a hora

Tá chegando a hora de ver essa pequena pérola ao vivo.

É nesse sábado no RJ, com direito a todo a a magia da Ciudad Maravillosa!

The Swell Season - Falling Slowly (Oscar de melhor música em 2008)



Take this sinking boat and point it home
We've still got time
Raise your hopeful voice you had a choice
You've made it now
Falling slowly sing your melody
I'll sing along

Canções para deprimir crianças

Depois que escutei a versão da Tiê para Se enamora do Balão Mágico comecei a procurar por outras canções infantis que escutava na época.

Fiquei de cara de como algumas delas tem umas letras muito tristes e isso não é exclusividade de uma banda ou cantor não. Trem da Alegria, Balão Mágico, Xuxa e até mesmo a Mara Maravilha tem umas músicas pra lá de borocoxô.

São letras de rejeição, amor não correspondido e até mesmo morte, no caso do cãozinho Xuxo! Isso ae, a vida como ela é para crianças de 4 anos de idade, colaborando na formação de toda uma geração mimimi.

Como é que a criançada vivia assim? Será que isso afetou nossas personalidades?

Aqui alguns exemplos:



::: Balão Mágico - Coração de Papelão

Recortei a luz da lua
e colei num papelão
escrevi assim "sou sua"
e te fiz um coração

Encontrei você na rua
você nem deu atenção
eu não sei qual é a sua
coração de papelão


::: Trem da Alegria - A Boneca e o Soldadinho
Eu vivo tão sozinha
Jogada num cantinho
Boneca assim de pano, ninguém quer
O meu vestido velho
Começou a rasgar
Cabelo embaraçado
E ninguém pra pentear



::: Xuxa - Meu Cãozinho Xuxo (com direito a chororô da Xuxa)
Meu cãozinho Xuxo
O que eu sinto por você
Só com palavras
Não sei dizer
É melhor calar
Vamos correr, vem me pegar
Fique feliz, porque te amo



::: Mara Maravilha - Não Faz mal

Há quanto tempo não vejo a tua cara
Nem sei se eu quero te ver
Tua lembrança ainda é muito clara
Eu não consigo esquecer
E não adianta chorar
Me iludir
Você não vai voltar
Foi bom enquanto durou
E valeu
O que passou já passou

Não faz mal
Eu to carente, mas eu to legal
Não faz mal
Eu to carente, mas eu to legal

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Era uma vez...


"A gente se mete a escrever porque não sabe lutar boxe nem tem colhões para isso, porque tem os dentes tortos e não pode sorrir como gostaria, porque para os impotentes de todo tipo não há outro caminho, porque todos os feios escrevem ou assassinam e a gente não é capaz de matar nem uma mosca, porque escrever dá importância, porque para chamarem alguém de escritor não é preciso escrever bem, mas para chamarem de filho-da-puta não importa se sua mãe é uma santa, porque tem medo de ficar à deriva sem fazer nada, porque não pode beber toda noite, porque ama a Deus mas odeia as sociedades sem fins lucrativos, porque não tem namorada, porque não há emoções mas insultos, porque na sua casa não tem televisão e o rádio quebrou, porque a mulher do vizinho é gostosa, porque tem medo de ficar careca e por isso evita os espelhos. A gente se mete a escrever porque não se atreve a assaltar um supermercado, porque ama a mulher e ela é namorada do garoto esperto da rua, porque não há revistas pornográficas suficientes, porque quer fazer alguma coisa além de cagar e se masturbar, porque não é o garoto esperto da rua nem o garoto forte nem o engraçado, porque é o garoto nada, porque não vale um tostão furado, porque apanha lá fora, porque sua mãe grita o tempo todo, porque não há ilusões nem luz no fim do túnel, porque sua mãe grita o tempo todo, porque sua mente voa baixo e nunca será outro Cioran, porque não tem coragem para saltar, porque não quer a esposa feia que merece, porque tem medo de morrer sem ter comido um belo cuzinho, porque não tem pai, amigos, nem fortuna, porque não tem o jeito de cuspir do Clint Eastwood, porque se paralisa entre uma e outra intenção, porque era uma vez o amor mas eu tive que matá-lo.

O bom é que escrever não serve para nada daquilo que a gente quer. Escrever é um limite, uma dor, um defeito a mais. O bom é que depois de escrever a gente se sente péssimo. Nada mudou, tudo continua no seu lugar (menos você, maldito cabelo), Pelé não volta para o campo. O ruim é que você escreve e o Pambelé cai na lona espancado por um gringo, um maldito gringo que esteve preso por bater na mãe. O ruim é que Pambelé não é a mãe do gringo e – por mais que você escreva – continua caído. O bom é que você escreve e continua sonhando com a mulher do vizinho, sonha que a agarra pelas orelhas e crava-lhe a rola. O ruim é que escrever não cura seus desejos assassinos, que assaltar um supermercado continua sendo o seu objetivo impossível. O ruim é que ainda deseja um amor inesquecível. O bom é que escrever é outra forma de cagar e se masturbar. O ruim é que você lê os grandes autores mas só Bukowski lhe diz alguma coisa. O ruim é que um dia a garota bonita toma conhecimento que você escreve e não deixa que lhe meta fundo, até o outro lado da morte. O ruim é que escrever serve para tudo aquilo que você não quer."

Texto do Efraim Medina Reyes, colombiano que escreveu o livro "Era uma vez o amor mas tive que matá-lo".

Precisa dizer mais?

Diga: trinta e três (ou vinte e oito?)

Acredite em mim: aos trinta e três anos, de Jesus pra baixo, todo mundo é ressentido. Não é que as pessoas vivam vidas ruins, as aspirações é que são muito altas. A Sessão da Tarde, as propagandas da Nike… Seu emprego é bom, mas o salário é ruim. O salário é bom, mas o chefe é mala. O chefe é você, mas os prazos não te dão sossego. Sempre tem um cunhado que ganha mais, um vizinho cuja grama é mais verde, o próximo cuja mulher é mais fornida; Jesus, aos trinta e três, o Orson Welles, aos vinte e cinco – e o mau exemplo do Rimbaud eu nem comento.

Isso é só um parágrafo do ótimo texto do Antônio Prata. Leia o resto no blog dele.

sábado, 21 de agosto de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Lovecast 00

Anything less than mad, passionate, extraordinary love is a waste of time. There are too many mediocre things in life to deal with and love shouldn’t be one of them. - Tiffanie DeBartolo

Lovecast numero zero-zero by lovecast

Tá no ar uma nova edição do Lovecast, o podcast que promete trazer o amor a cada 7 dias.

Bom fim de semana a todos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Champz - A série


Resolvi estrelar meu próprio sitcom.

A série se chama Champz e a maior parte da ação acontece num café, onde me reuno com meus amigos para contar as coisas engraçadas do dia e viver a vida. Sou um escritor frustrado em busca de dinheiro e reconhecimento. Existe a menina que reclama de tudo, o cara bem-sucedido que ganha muito dinheiro e não sabe como gastar, um outro que não tem dinheiro mas sempre vê a poesia da vida e a garçonete por quem eu sou apaixonado. Ela não dá bola pra mim, mas todos sabem que no capítulo final da 10ª temporada da nossa série nós estaremos juntos.

Moro num lugar chamado Cyberetiópia, onde tem conexão wifi mas não existe sofá ou armário. Às vezes recebo meus amigos lá e já faz um ano que digo a mesma coisa quando eles me visitam: "Desculpe-me pela bagunça, mas a empregada vem no fim de semana". Já é tradicional a festa "Pizza e chão" que faço lá todas as sextas. Como não tem sofá, todos se sentam no chão, e como não tem fogão, todos comem pizza. Mas o vinho é sempre argentino e a alegria onipresente.

Às vezes acontecem os episódios especiais de férias, onde todos vamos para um lugar diferente filmar e cumprir à risca aquele script de 21 minutos, divididos por dois intervalos comerciais. Teve o episódio da praia, o germânico e muitos outros estão nos planos. Nesse tempo a vida é boa e todos somos felizes. Ahh e na falta de risadas, basta colocar aquelas pré-gravadas que tudo fica azul.

Começou!



Começou o horário político na TV, algo que me diverte desde 1989 quando conheci o Enéas, Marronzinho e outras figuras na eleição presidencial.

Ao contrário de muita gente que acha isso um tédio, eu curto muito acompanhar e ver o que cada candidato diz e faz. Esse ano, entre inúmeras bizarrices de Tiririca, Marcelinho Carioca e Batoré, Dilma e Serra estão dando um show de produção.

O programa da Dilma, por mais que eu não concorde com várias coisas, é sensacional. Aquele comecinho todo emocionante, com cenas bonitas e uma música no mesmo ritmo é uma bela peça publicitária.

Eles são claros e vão direto ao ponto. São simples ao explicar os dados do progresso brasileiro, colocam as biografias de Lula e Dilma lado a lado e fazem um paralelo. Além do mais tem imagens bonitas de dentro do Palácio onde Lula governa, mostrando a intimidade do presidente. E aquele finalzinho então com a música de adeus do Lula? Haja corazón, Brasil!

E não, muito provavelmente não votarei na Dilma. Mas aí são outros quinhentos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Abrindo duas exceções


Quem me conhece um pouco sabe que sou bastante contra a essa modinha de cervejas gourmet que assola os jovens de classe-média do nosso país.

Mas depois de um fim de semana germânico em Blumenau e região, tenho que tirar o chapéu para a Weizenbier, a tal cerveja de trigo, da Eisenbahn e da Schornstein.

A primeira marca é bem conhecida já no Brasil e tive o prazer de visitar sua fábrica no último fim de semana. Lá tem um bar e uma lojinha onde rola comprar copos e outros apetrechos. Quem espera grandiosidade vai se espantar que num pequeno lugar é realizada toda a produção do Brasil.

Já a Schornstein é uma pequena cervejaria de Pomerode, que diz a lenda que é a cidade mais alemã do Brasil, e tem um bareco bem simpático.

Mas é só isso, continuo sendo contra. Só abri essas exceções, nada mais.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Owl City - Umbrella Beach



Ainda tenho preconceitos com a música eletrônica, mas não com o Owl City.

Descobri esse último clip deles, Umbrella Beach, e é impossível não melhorar o humor ao ouvir essa música.

Yeah!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Expectations x Reality

Sonhos muitas vezes se transformam em anuladores de realidade. A partir do momento que você imagina algo em sua cabeça isso automaticamente não acontecerá da maneira esperada.

Isso nem é tão ruim assim já que às vezes nosssos sonhos são tão limitados e a vida nos surpreende com coisas tão inimagináveis.

The Man's Guide to Love

Ainda não entendi qualé a desse site http://www.themansguidetolove.com/.

Só sei que qualquer coisa fica melhor dita em francês, não é?

The Man's Guide To Love #39 from themansguidetolove on Vimeo.


E existe até sabedoria num amigão hip-hop: "Be ruthless. As ruthless as you can be. There are no rules.”

The Man's Guide To Love #57 from themansguidetolove on Vimeo.


Amor em tempos de Tim Maia





Vi aqui.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Drops

- Junto com alguns amigos gravamos o piloto do LOVECAST. Basicamente um podcast com três caras falando sobre coisas do corazón, com uma convidada mulher: aqui.

- Sempre gostei muito do blog "Don't touch my moleskine". Fiquei muito contente porque saiu um texto meu na sessão fratura exposta: aqui.

- Tô indo pra Blumenau. Volto semana que vem com muita Eisenbahn no organismo e outras histórias pra contar.

Carne de Onça

É só quando você sai da sua cidade que você percebe que certas coisas são típicas dela. Talvez como um gaúcho que só descobre que o resto do país não fala cacetinho quando sai da República do Pampas.

Assim é com Curitiba e a famosa carne de onça, um dos meus pratos preferidos da baixa gastronomia de botecos. Como o Barreado, típico prato paranaense, a Carne de Onça é uma iguaria do underground culinário brasileiro. Famosíssima em Curitiba e totalmente desconhecida no resto do Brasil.

Para comer esse prato, em primeiro lugar você não pode ser vegetariano. Também não pode ter frescura demais porque o ingrediente básico é carne crua.

Para sua preparação, a carne deve ser moída várias vezes, não poder ter pelanca nenhuma e claro, estar extremamente fresca e limpa. Adicionando páprica, pimenta, azeite, conhaque, molho inglês, salsinha picada, cebolinha e azeite virgem você obtém a clássica Carne de Onça. Serve-se com um pãozinho ou broa e pronto. Apenas coma! Obviamente alguns lugares tem seus segredos especiais, como ovo ou sei lá o que, mas o básico é isso mesmo.

Em Curitiba, a melhor Carne de Onça que comi é da Mercearia Fantinatto, um pequeno bar da Mateus Leme. O prato lá não é só delicioso, como é preparado todo na sua frente pelo garçom. Da última vez que fui lá ele confessou que só na noite anterior tinha preparado 17 daqueles. É toda uma experiência ver como ele prepara e todo cuidado quase religioso que se tem com a carne.

Também já comi a carne de Onça do Bar do Pudim e do Distinto Cavalheiro, mas são bem inferiores. Diz a lenda que a melhor é a do Bar do Alemão e que a do Bar da Brahma também tem sua fama. Ainda tenho que degustar. Deixo uma receita básica para quem quer tentar em casa, mas não recomendo.

Depois de falar da Carne de Onça fico obrigado a escrever sobre o Rollmops, outra fina iguaria roots de boteco, mas isso é um assunto para outro post.

* nenhuma onça é assassinada para se fazer a Carne de Onça.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Bittersweet Symphony Curitibana


Minha caminhada Bittersweet Symphony de todos os dias dura exatos 22 minutos. É o tempo exato desde que dou bom dia pro meu porteiro e desço para a avenida onde moro até o momento que passo o cartão para liberar a catraca do edifício onde trabalho.

Como quero aproveitar até o último segundo de descanso nas cobertas, estou sempre atrasado e com pressa. Mas ao contrário do Richard no clip, raramente há esbarrões ou brigas.

Prefiro escutar no fone de ouvido alguma música que ditará o humor do dia e ficar olhando aquele povo, enquanto atravesso o centro curitibano por inteiro.

O dia mal começou e parece que todos estão ansiosos esperando alguma coisa dele. Estudantes de cursinho comendo uma coxinha de frango catupiry oleosa esperando o sinal para entrar para aula, gente parada no ponto esperando o ônibus para alguma cidade da região metropolitana, trabalhadores esperando a porta do shopping abrir, taxistas batendo papo no frio esperando passageiros, chineses donos de pastelaria esperando os fregueses, putas e travecos esperando um cliente final da noite que já amanheceu.

Enquanto isso fico esperando o fim de semana chegar, algumas ligações no telefone, um ou outro email na caixa de entrada e que tudo possa fazer sentido. Ou como diz o El Cuarteto de Nos, esperando "una sorpresa que me vuele la cabeza" ou "algo que parta de un tirón, mi corazón como un infarto".

Parece que ficamos esperando que uma hora a vida como esperamos finalmente começará. Mas não, esto es lo que hay, e a ambição, a insatisfação, o desejo de algo mais sempre vai estar lá. Ninguém está satisfeito. É pobre querendo ser famoso, famoso reclamando da fama, mulher gostosa reclamando que os homens são uns toscos e mulher feia reclamando de que não tem homem, executivo dizendo que trabalha demais e indigente mendigando por trabalho.

Na hora em que tudo estiver exatamente do jeito que você quer sua vida vai ser um tédio.

* Quem não entendeu o título do post, veja isso.

Wander Wildner - Dançando em Blumenau



Juventude idiota levantando as lajota está dançando em Blumenau (e região).

Melhor convite de festa



Melhor convite de festa que já vi.

E sim, estarei lá para prestigiar a alemã.

Deve fazer uns oito anos que não piso naquela terra.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Garçom de Churrascaria


Ao invés do Serviço Militar Obrigatório todo homem deveria ser obrigado a passar uns meses trabalhando como garçom de churrascaria. Definitivamente é a melhor maneira para se aprender a lidar com a rejeição.

Porém não é segurando a picanha ou a alcatra que se aprende isso efetivamente. Para isso é preciso estar na pele do cara que serve o macarrão alho e óleo. Esse cara sim sabe muito bem o que é ouvir um não e seguir em frente.

Com uma baixela na mão, ele vai oferecendo a cada um dos clientes o tal macarrão alho e óleo. É um trabalho insistente e insano. Todos querem segurar o espeto da picanha e escutar sonoros e efusivos "sim" quando a carne é oferecida. O macarrão alho e óleo é para poucos. Afinal quem em sã consciência, tendo à sua disposição picanhas, lombinhos com bacon, carneiros, corações de frango, alcatra na mostarda e outras delícias vai dar bola pro cara que serve macarrão alho e óleo?

Geralmente os caras que tem essa tarefa são discretos e um tanto quanto tímidos. A vida de churrascaria já calejou seus sentimentos e a desaprovação é algo comum para ele. Ele sabe que não é sendo invasivo que a pessoa dirá sim.

Na última vez que fui na churrascaria disse uns quatro "não" pra esse cara do alho e óleo. Contando que no lugar cabem por baixo umas 250 pessoas, meus cálculos dizem que só no almoço esse garçom recebeu uns 1000 nãos. Se somarmos isso com o jantar e multiplicar pela quantidade de dias que ele trabalha por mês, chegamos numa média de 60 mil não recebidos por mês. Tem o não falado, tem o não só com a cabeça, com o dedinho, com o garfo ou o não tácito, aquele onde apenas se ignora o garçom.

Mas mesmo assim o garçom alho e óleo segue impávido. Afinal o seu chefe não é idiota e sabe que naquela multidão na churrascaria existirá uma alma bondosa que está louca para comer a massa. O garçom segue de mesa em mesa com a esperança que essa pessoa logo chegará e seu trabalho finalmente terá algum tipo de sentido. Certamente os dois, garçom e comedor de alho e óleo, trocam um sorriso secreto, mostrando que eles fazem parte de um clube exclusivo.

Trabalhar com o macarrão alho e óleo é uma verdadeira escola da vida. Provavelmente um garçom desses tem muito o que dizer. Talvez ele aprenda que o que vale é a primeira tentativa, as outras são só vãs esperanças que fazem parte do seu ofício. Raramente alguém que disse não pro macarrão de cara vai mudar de ideia e dizer sim depois.

Quem chegou pra comer maminha nunca vai querer alho e óleo!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

The Submarines - Submarine Symphonika



Sextas-feiras são esperançosas. Afinal o fim de semana está aí prometendo um monte de coisas boas pela frente. Seja um apartamento a ser ajeitado, uma náite a ser aproveitada e uma pessoa a ser vista.

Esse clip aí em cima do The Submarines nem é tão novo assim, mas acontece que ainda não tinha visto. Belo vídeo e letra bonita.

Everybody deserves to be adored
Why would you settle for less
When the world gives you more?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Professor Galdino

Professor Galdino fazendo campanha no centro de Curitiba

Ontem, quarta-feira, foi o dia mais frio de Curitiba dos últimos 12 anos. Às 3h da tarde a sensação térmica na cidade era de 1º grau. Uma friaca bizarra de trincar os dentes. Quando saí do trabalho, lá pelas 7h da noite, o frio estava mais forte ainda e uma chuva chata tornava a caminhada pra casa mais dolorida ainda.

O calçadão da Rua XV estava quase deserto mas de longe dava para escutar um jingle político irritante e repetitivo: "Professor Galdinho, Professor Galdino. Quarenta e cinco zero vinte um".

Era o Professor Galdino, candidato agora a deputado estadual, dançando, pulando e falando no microfone para uma plateia imaginária. Algumas colegiais deram bola e foram até tirar uma foto com ele. Quando estava passando mais perto, ele veio até mim com uma cara simpática perguntando "E você aí, já tem material?". Acabei ganhando uns santinhos de brinde e outros materiais de campanha.

Praticamente uma celebridade trash na cidade, o Professor Galdino se tornou um mito em Curitiba em 2004 quando começou a fazer campanha para vereador. Vestido com um guarda-pó de professor e montado em sua bicicleta, ele percorria a cidade pedindo votos e falando de sustentabilidade, já que era do PV na época.

Não se elegeu dessa vez, mas em 2008 repetiu a mesma campanha e finalmente conseguiu um lugar na Câmara dos Vereadores com mais de 11 mil votos, sendo o sexto mais votado para o cargo. Gastou apenas R$420, segundo ele mesmo diz.

Curitiba de fato é uma cidade bizarra, já que no mesmo ano um presidente de torcida organizada teve uma das maiores votações e também garantiu sua vaga na assembléia municipal.

Já como político eleito, muitos escândalos e acusações de corrupção e outros deslizes foram feitos à sua pessoa. Sua mudança pro PSDB também deu o que falar. Mas digam o que digam, no dia mais frio do ano, com uma chuva que deixava o clima mais lúgubre ainda, ele estava lá saltitando como uma gazela Thompson buscando seus votos. Ah, e é o primeiro candidato que eu já sei o número já que. depois de ouvir seu jingle chiclete, é impossível esquecer o 45021.

Dá pra escutar o jingle e saber mais dele aqui: http://profgaldino.ning.com/

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Saí do Orkut

Adeus, Orkut!

Saí do Orkut e ninguém falou nada, só minha mãe. Não que eu queria choro, ranger de dentes e muito drama, mas essa coisa de ninguém comentar ou nem mandar email perguntando só me provou que fiz a coisa certa.

A maioria dos meus amigos de lá não faz parte da minha vida e nem tem nada a ver comigo. Além do mais, pra falar a verdade, nem interessa saber o que está acontecendo com o primo da minha ex-colega que estudou comigo em 1994 ou com aquela menina que paquerei em 2003. Quando algo realmente importante acontecer ficarei sabendo ou quando eu tiver alguma notícia relevante os avisarei.

No mais, estou tentando me desintoxicar de internet, usando só o necessário.

* Esse cara na foto é o próprio Orkut, o cara que inventou o site.

Pior que tá não fica?





Lembro da história de um professor da faculdade que saiu do Brasil quando o Collor foi eleito.

Dá vontade de fazer o mesmo caso Tiririca, Netinho, Vampeta, Marcelinho Carioca e KLB sejam eleitos.

Pra quem acha que isso é brincadeira, visite http://www.tiririca2222.com.br/

A noite mais fria do inverno


Quem reclama de frio e da sensação de -1º em plena tarde curitibana pode lembrar de uma figura que acho que só existe em Curitiba, o cobrador de estação-tubo.

Ao contrário do cobrador de ônibus, que fica ali dentro de um veículo fechado rodando a cidade, o cobrador de estação-tubo fica sentado e parado umas 6 horas por dia, ou mais, protegido apenas da chuva mas não do vento e do frio bizarro que assola a cidade nessa semana.

Ontem, quando voltava tarde da noite de ônibus para casa, passei por vários desses caras que faziam de tudo para resgatar algum calor escondido nas mãos ou em qualquer outra parte do corpo. Era aquele frio gelado que dói os dedos e os caras estavam ali firmes e fortes trabalhando nessa sensação térmica desumana, atendendo as poucas almas que usavam transporte público naquela hora.

Outros que sofriam eram os vendedores de cachorro-quente, que mesmo com a freguesia zero da noite, estavam lá com suas barracas vendendo hot-dogs com bacon, frango, calabresa e o temível cheddar, que nunca é escrito da mesma maneira. Tem desde xedar até chedder.

Sempre tem alguém sentindo mais frio que você na noite mais fria do inverno.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mientras tanto


Já faz mais de uma semana que me mudei para um apartamento de dois quartos no Centro Cívico, do lado do Centro de Curitiba. Ainda não deu tempo de concluir se o apartamento é um achado ou uma roubada, logo descubro.

Já faz mais de uma semana que vivo num mar de caixas e malas cheia de roupas espalhadas numa sala em L, que esperam ansiosamente minha vontade se manifestar para organizar tudo. Não tenho pressa, a vontade um dia virá, mas desconfio que demorará um pouco. Mudar cansa e tudo que quero é me sentir em casa. O Travis diz que "Home is where you heart is", mas por enquanto me contento com a sensação de chegar num lugar onde já sabem exatamente o meu pedido do dia sem precisar falar nada. Vou lá todo dia na mesma hora e me irrito de uma maneira insana quando alguém está no meu lugar de sempre.

Enquanto a tv a cabo, telefone e internet não chegam em casa ando convivendo com o silêncio, interrompido sempre pelo barulho dos carros e ônibus que passam atrás do prédio. Isso que me faz pensar que o apartamento é uma roubada, mas meu sono é tranquilo.

Sem TV e internet, tempo é o que não falta, principalmente para ler e pensar. Pensar demais às vezes é inútil, já ler nunca é demais. Nesse tempo já devorei dois livros, a biografia do Bussunda e "Os Espiões", o novo do Verissimo, que é sensacional e vale só pelos personagens da história. Agora estou a procura de algo mais denso ou que não acabe depois de três dias de leitura.

Decidi gastar dinheiro em coisas que me fazem bem, sejam livros, shows. comidas, saídas e viagens. Meu cartão de crédito que o diga. Já garanti o Planeta Terra, que traz Pavement, Phoenix e Smashing Pumpkins em novembro, além de uma viagenzinha no fim do mês de agosto pra ver o The Swell Season e rever outros amigos no Rio de Janeiro.

Falando em viagens, esse fim de semana estive em Santos e São Paulo e vi alguns amigos que não converso sempre. Perguntaram se eu estava muito apaixonado e como andava a vida amorosa, já que meu blog era puro amor. Achei irônico. É a falta que movimenta boa parte da literatura ruim do mundo. A falta de amor, de dinheiro, de bebida, de companhia, de futuro, de trabalho como diz o Gian em um post do seu blog. Concordo plenamente.

* Vi essa foto do Cartier-Bresson no Facebook e curti de cara.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Parar de fumar dá trabalho

Postei muitas poucas coisas do trabalho no blog e não sei o porquê. Mas enfim, aqui vai uma ação que começa hoje feita pela agência.

É o Blog Parar de Fumar dá Trabalho.

Três colegas de firrrrma fumantes vão filmar e falar sobre a experiência de parar de fumar, numa espécie de blog com reality show. Seria um reality blog?

Aqui vai o primeiro vídeo, que foi postado hoje. Os próximos vocês podem ver no http://parardefumardatrabalho.com.br/

Charme Chulo - Nova onda caipira



Ótimo e novo clip dos camaradas do Charme Chulo, que agora fixaram residência em São Paulo.
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