quarta-feira, 30 de junho de 2010

Baunilha e Penta


Há oito anos eu acordava cedinho e me deparava com o Baunilha com vidro quebrado e som roubado em pleno estacionamento do meu prédio.

O Baunilha era meu Palio azul 97 e naquela época eu era babaca e dava nome para o carro, assim como a maioria dos meus amigos. Esse nome era tudo culpa do "cheirinho" dele. Um daqueles odorizadores de carro, em forma de árvore, dava o tom em matéria olfativa no interior do carro.

Foi uma das meia-horas mais tensas da minha vida. Fiquei sem saber o que fazer já que o jogo da final da COPA começava em meia hora e eu tinha que estar no centro da cidade na casa da então namorada com meus pais. Deixar o carro aberto ali na garagem mesmo? Levar pra algum estacionamento? Será que vai dar tempo?

Óbvio que deu tudo certo e algumas horas depois eu estava gritando É PENTA ao ver o Cafu com sua camiseta 100% Jardim Irene levantar a taça. O jogo foi tranquilaço e quase esqueci que meu carro tinha sido roubado. Com Marcos no gol e Felipão no banco, ninguém tiraria o título do Brasil Haja coração, amigo!

* Procurei nos meus arquivos e não achei uma foto do Baunilha. Que pena! Alguns meses depois de ser vendido ainda encontrei ele na rua com sua nova dona. Foi a última vez que o vi.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Vamos chorar?



Os argentinos, especialistas em dramas e chororôs, explicam muito bem como fazer para chorar de verdade nesse comercial.

Gênios!

Jabulani feelings

Só pra dizer que eu não falei da COPA!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Fernandez Fierro em Curitiba



Tinha cansado de ouvir falar sobre a Orquesta Típica Fernandez Fierro. Provavelmente já escutei os caras, em alguma visita a feirinha de San Telmo, mas são tantas bandas do mesmo gênero por lá que não tinha certeza. O certo é que de todas, a Fernandez Fierro é a mais famosa.

Diziam que era um tango sujo, agressivo, quase punk. Adjetivos estranhos para quem conhece a vibe Carlos Gardel que permeia esses grupos, mas que cabe exatamente no estilo callejero dos caras.

Esse fim de semana eles vieram para Curitiba tocar no diminuto e bonito Teatro da Caixa. O que seriam três apresentações se transformaram em cinco, tanto foi o frenesi de gente procurando entradas. Realmente um espanto, já que não imaginava que tanta gente aqui na cidade estaria interessado nos caras. Até mesmo o email que mandei, convocando vários amigos, foi um sucesso total. Praticamente todos foram!

O que dizer do show? Ótimo. Blues de Boedo, musiquinhas de San Telmo e um vocalista rouco que dá toda alma para uma música tão soturna que na falta de melhor classificação é chamada de tango.

Quase deu pra matar as saudades de Buenos Aires.

¿Cómo? ,¿cuándo? y ¿Por qué?



A veces esperando las oportunidades,
no se ven y se tira todo a la marchanta
y vos tan orgullosa que nunca me avisaste
que también fuiste mía aquel verano...

Mirando las golondrinas en el cielo,
no se ven otras golondrinas al alcance de la mano
es cuando la estupidez gana por afano
a la suerte que nunca llega si la estamos esperando

¿Cómo? ,¿cuándo? y ¿Por qué?
son demasiadas preguntas para hacerle al destino
a veces estamos finos y otras veces nada que ver
pues hay que caminar antes de empezar a correr

La culpa es un invento muy poco generoso,
y el tiempo tremendo invento sabandija,
será que será suficiente con que uno elija,
porque si no la buena fortuna pasa de largo

Y vos tan orgullosa que nunca me avisaste
que tal vez, fuiste mía un verano...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O palhaço do circo sem futuro

Depois de um longo tempo sem postar nada, nesse intervalo muita coisa aconteceu, bandas locais acabaram outras surgiram e por ai vai.
E em um desses sábados chatos surgiu no programa do Luciano Hulk, Túlio Pires Bragança, uma espécie de palhaço cultural sem destino, cantando versões terríveis, caricaturando a caricatura e de quebra fazendo cara de artista e de gozo.

Leia o resto desse magnífico texto escrito por um anônimo aqui.

Adorei o título de "Palhaço do circo sem futuro" que ganhei.

PS: Que la chupen y que la sigan chupando.

Tudo por dar certo


Entrei no cinema para ver "Whatever works" como um time que joga por tabela. Já tava ganho o campeonato e só fui lá para um simples trâmite. Pena que demorou uns 4 meses para esse filme estreiar em Curitiba. Vida na província é assim!

A mistura de Woody Allen com Larry David no cinema apenas não poderia dar errado e é exatamente isso que acontece. Para quem não sabe, Larry é um dos criadores de Seinfeld e ultimamente tinha uma série só para si na HBO, a ótima Curb Your Enthusiasm.

No filme ele interpreta Boris. Ou seja, interpreta o neurótico, intelectual, egoísta, bizarro, mas possuidor de muito carisma, que basicamente é a própria personificação do Woody Allen. Um dia Boris conhece a caipira Melody e bom, daí a coisa vai pra frente.

O filme realmente me enganou, já que ele vai mostrando uma previsibilidade ridícula na sucessão dos fatos que chega a irritar. Mas calma lá! Logo coisas realmente inusitadas começam a acontecer e vemos cenas surreais.

É claro que Woody já fez coisa melhor, mas também já filmou coisas bem piores. O filme Scoop, por exemplo, é um lixo radioativo. Vale muito a pena ver, ainda mais pagando só 4 reais no cineminha do Unibanco. Falando nisso, agora que o Unibanco virou Itaú, como é que vai ficar o cinema? Oremos para que não acabe se rendendo ao capitalismo usurpador dos banqueiros!

75 anos sem Gardel

Eu, como ex-morador do bairro dele, tenho obrigação de lembrar isso.

Aqui uma das minhas preferidas "Sus ojos se cerraron"

terça-feira, 22 de junho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

El Cuarteto de Nos - Me amo


Taí o mais recente clip do "El Cuarteto de Nos", uma das bandas de rock em español que mais gosto!

"Me amo" é um velho hit desses uruguaios, que foi regravado para o último cd, Bipolar, lançado no ano passado.

Deu um aperto no corazón saber que eles fizeram um baita show esse sábado passado no Luna Park, em Buenos Aires, e eu não estava lá



Me encanta mi aspecto
de hombre tan perfecto
yo soy lo más grande que hay.
Ni de sabios ni de viejos
acepto consejos
mi único rival es el espejo.

A la luna me gustaría ir
para ver como es el mundo sin mi.
Me amo, como la tierra la sol.
Me amo, como Narciso soy
Me amo, dibujé un corazón
que dice "yo y yo"
Me amo.

Tengo tantas chicas
hermosas y ricas
pero ninguna es digna de mi.
Por eso no ando dejando corazones rotos,
me masturbo mirando mi foto.

Y aunque yo no creo en ningún dios
rezo para que no haya reencarnación.

Me amo, como la tierra la sol.
Me amo, como Narciso soy
Me amo, dibujé un corazón que dice "yo y yo"
Me amo.

Yo me llevo solo bien conmigo
Yo del mundo soy el ombligo
De mi vida yo hablo mucho
Y cuando me hablan yo nunca escucho.
Soy de mi propia secta
Soy mi pareja perfecta
Y si, yo soy así:
propongo un brindis por mí

Bala de troco

Ok, vou confessar que sou meio babaca e SEMPRE dou risada quando vejo esse comercial.

Adoro quando aparece o grupo de bolero cantando "Bala de troco, que cosa triste"

La mano del diablo

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Aol Sul da Fronteira


Não gosto do Hugo Chavez nem do Evo Morales. Não me sinto de esquerda ou de direita. Ideologia? Eu não tenho uma pra viver, definitivamente.

Convivi com vários venezuelanos na Argentina e pude conhecer melhor tudo o que eles passam e como a vida deles mudou desde a chega do Chávez no poder. Não consigo nem imaginar essa coisa de exílio forçado que muitos passam, já que voltar pra lá não é opção para eles. O resultado é uma fuga de cérebros para os Estados Unidos e outros lugares do mundo.

Desde o ano passado, quando foi noticiado que o cineasta Oliver Stone estava percorrendo a América do Sul e entrevistando vários presidentes para documentário "Ao sul da Fronteira", já fiquei interessado em ver no que isso resultaria.

Depois de muita espera finalmente o tal documentário estreiou em Curitiba e fui assistir numa sala vazia no cinema do Novo Batel, só outro champs e eu prestigiando. Não é a toa que certas produções demoram eras para chegar na cidade e quando chegam ficam uma semaninha e olhe lá.

Mesmo não concordando com muita coisa que é dita, não posso negar que Oliver Stone conseguiu fazer um documentário bem incisivo e que flui fácil. É muito interessante ver os absurdos e as contradições da mídia americana, além do ponto de vista de Lugo, Cristina, Chavez e Lula sobre os mais variados assuntos. E claro, querendo ou não, ajuda a tentar entender afinal porque eles agem como agem e como estamos como estamos aqui no Sul da Fronteira.

Aqui um pouco da rápida participação do Lula:

quarta-feira, 16 de junho de 2010

High Fidelity

What came first, the music or the misery? People worry about kids playing with guns, or watching violent videos, that some sort of culture of violence will take them over. Nobody worries about kids listening to thousands, literally thousands of songs about heartbreak, rejection, pain, misery and loss. Did I listen to pop music because I was miserable? Or was I miserable because I listened to pop music?

A metrossexualização da cerveja

Se tem uma moda que me incomoda é a da metrossexualização da cerveja. O que era bebido com amigos numa confraternização e buena onda está se transformando hoje numa "experiência gourmet".

Sim, você agora tem que analisar a textura, como ela é encorpada, com qual alimento ela harmoniza melhor, onde foi feita, como foi o processo de fervura e gasta mais tempo falando disso do que assuntos realmente importantes com seus amigos. E claro, você paga muito mais caro para ter toda essa "avalanche" de sabores nas suas papilas gustativas.

Está se perdendo o espírito de boteco. Bêbados estão se transformando em sommeliers de cerveja. Pançudos de cevada estão cada vez mais mauricinhos intelectuais do lúpulo. É a metrossexualização da bebida, a frescurização do mundo e parece que está só começando. Fujam!

Confesso que não achei grandes coisas as cervejas artesanais que tomei. A maioria tem gosto de arroz ou alguma outra especiaria. Também não me esforço para gostar e gasta dinheiro nisso. Não quero me render ao sistema!

Não transformemos essa bebida do povo, do Zeca, da mesinha de Skol de plástico, da praia e da camaradagem numa babação de ovo gastronômica. Chega de metrossexualizar o mundo!

Zeca aprova esse post!

terça-feira, 15 de junho de 2010

A base das considerações

Você pode até achar que a espera é longa. Quem sabe exatamente o que deve ser feito está ignorando o tempo, o acaso, a sorte de topar com a sua própria realidade e finalmente fechar um ciclo de vida. A matéria prima para ser quem se quer não é óbvia, não está organizada em livro ou dá pra baixar na internet, a solução chega com a vivência, o erro, a escolha equivocada, chega com a admiração e loucura de qualquer sonho impossível. Tentativa e transformação. Qualquer idiota segue a vida, deixa a vida ser e não responde, já os que andam com a urgência no bolso precisam de movimento, de observar a beleza nos outros para encontrar algo de si, um pedaço próprio, perdido, que na frente encontra outro, e mais outro, e os seus pedaços criam uma imagem temporária e plena da emancipação que é o exercício de viver o exercício.

Equalizando a distância entre a elaboração e a prática.

*Já postei vários textos dele aqui e esse é outro que fala por mim. Obra do galã de Botafogo Manoel Magalhães. Mais no blog dele.

É Copa e a publicidade é um saco

Já ando falando aqui e colocando links de vários comerciais sobre COPA! Mas o que mais anda me impressionando nesses últimos dias é a quantidade de comerciais que fazem piadinhas com argentinos.

Tem Skol, Netshoes e até mesmo o Guaraná Antártica agora. É meio demais, visto que do lado de lá eles não estão nem aí. Por que então nós brasileiros, os penta-campeões, ainda ficamos dando bola e insistindo nas mesmas piadinhas? Haja saco, amigos.

Sem falar nas dancinhas ridículas e até mesmo o Faturation, de um cartão de crédito. É um desfile de babaquices.

Bom, esse curta da Vivo não tem nada disso. Mostra o Pelé voltando para fazer seu último gol, o 1284º da sua carreira, pela seleção brasileira. Carlos Alberto Torres e alguns narradores de futebol também participam da superprodução.

É um filme bem bonito, mas talvez erre a dose na emoção, que é meio demais. De qualquer maneira vale a penar ver o belíssimo resultado e uma produção assinada pelo Fernando Meirelles.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

1998 feelings

Não sei o que acontece comigo, mas ando num revival violentíssimo de Oasis. Todas aquelas canções que eu ouvia até furar o cd.

Lembro que quando saiu o cd Be Here Now, em 1997, eu fui na loja comprar no dia do lançamento mundial.

Será esse revival um sinal da juventude perdida?

A inspiradora Stop Crying Your Heart Out. Somente para iniciados, meus caros.



'Cause all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out

Bandera que nos une a todos - Pilsen



Mesmo antes de conhecer o Uruguai já nutria uma simpatia gratuita pelo time deles. Mas aí conheci o país e as pessoas e comecei a gostar ainda mais.

Já fui em três oportunidades pra lá. Conheci Montevidéu, Carmelo, Colônia e Punta del Este e adorei a amabilidade das pessoas, as cervejas Pilsen e Patrícia, o Chivito Uruguaio e o Mercado del Puerto. Em 2006, ano da última Copa, comprei uma camiseta da seleção celeste por lá. Fiquei passeando com ela e não via mais ninguém vestindo a mesma camiseta em todo o país. É até compreensível, afinal eles não tinham se classificado pra Copa.

Agora em 2010 parece ser diferente. Esse aí em cima é o ótimo comercial da cerveja Pilsen, que mostra bem como eles esperaram 8 anos e estão vibrando com a Copa, mesmo tendo poucas chances. Tem até a participação do zagueiro Lugano, no fim do comercial.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Asilo Redondo!

Lembram daquele comercial da Skol com velhinhos no bar alucinados gritando "Skol desce muito mais redondo"?



Então... Eles voltaram pra Copa, só que agora num asilo e ainda estão cheio das minas! Óteeemo!

This love is fucking right!



Videozinho novo dessa banda miseravelmente feliz chamada The Pains Of Being Pure At Heart. É exatamente o oposto do emo!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lagundri - Curitiba


O bom de trabalhar na parte do Centro de Curitiba onde trabalho é a variedade de lugares para comer.

Tem fast-food, tem trash-food, tem comida honesta a 4,50, sushi, padaria que vende risole e até umas opções um pouco mais sofisticadas e, claro, caras. Hoje me dei o luxo de conhecer o Lagundri, especialista em comida do sudeste asiático.

O restaurante fica casarão na rua Saldanha Marinho e tem uma decoração caprichadíssima, lindíssima e sem exageros. Pode ser uma das minhas únicas referências, mas lembra um pouco uns restaurantes de Palermo, em Buenos Aires.

Pedi um frango com manga, castanha e outros quitutes. Estava sensacional. Uma bela mistura de sabores cítricos e salgados que me convenceu e deu vontade de voltar, quem sabe para jantar já que no almoço o lugar estava bem vazio! Leia-se: só outra mesa e a minha.

De qualquer maneira vale a pena se dar esse luxo algumas vezes, seja pela comida, ambiente ou pelo eficiente atendimento. Fica aí a dica.

http://www.lagundri.com.br/

terça-feira, 8 de junho de 2010

Seu carro é seu bebê



Genial esse comercial de uma empresa de assistência e mecânica de carros da Austrália, algo como a Dpaschoal mais ou menos.

Eles comparam seu carro com um bebê, o qual você ama demais e só deixaria alguém muito especialista cuidar dele. As cenas de bebês nas rodovias são ótima!

Pra ver mais coisas geniais da publicidade recomendo o Ypsilon2

Flight of the Conchords



É uma pena que uma série como Flight of the Conchords tenha terminado. As razões, segundo os atores (que também eram os criadores) foi que não tinha mais como exprimir o material e alongar a história. Sensatos, né não?

Um dos melhores momentos de toda a série é essa música, em que as ex-namoradas do cara se juntam num coral para dizer umas verdades.

He cannot cook, he is not good boyfriend material.
You'll lose interest fast, his relationships never last.
He says he'll do one thing, then he goes and does another thing.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

RIP Stuart Cable


A gente vai ficando velho e nossas bandas preferidas vão acabando e nossos rockstars morrendo.

Stuart Cable, ex-baterista do Stereophonics, hoje foi encontrado morto em sua casa lá no País de Gales. |Ele tinha 40 anos e o que tudo indica não morreu de nada relativo a drogas ou álcool.

Tudo bem que o Stereophonis hoje não é nem sombra do que já foi antes, assim como a maioria das bandas que fizeram parte do britrock dos anos 90, mas isso me pôs a pensar.

É incrível como assistir MTV ou acompanhar o noticiário musical me faz sentir obtuso, algo como um computador 486 de disquete num mundo recheado de Macs. Acho que nem 10% da produção atual musical me interessa. Aos poucos estou me tornando um cara que curte música "velha", justo aquela que eu gostava quando era "novo".

Deixo aqui como tributo uma das minha música preferida dos Stereophonics: Step on my old size nines, que fala um pouco disso de não saber o que vem pela frente.



I'd like to know what it's all about, what's out there.
Am I gonna get old and laugh, about something?
Will I get me a boy or a girl, or not either?
Will I get what I want from this world? I'm a day dreamer.

Enquanto isso na Globo

Fim de tarde no domingo e esse é o figurino que o Faustão está vestindo.

Talvez seja uma homenagem à parada gay, mas acho que é só falta de noção mesmo.

Conheça mais das tendências de moda de Fausto Silva aqui: http://camisasdofaustao.tumblr.com/

domingo, 6 de junho de 2010

Parrilla Buenos Aires em Curitiba

Tem vezes que a saudade de Buenos Aires aperta e não tem música do Andrés Calamaro que ajude. Felizmente hoje descobri mais uma maneira de matar a saudade de toda argentinidade aqui em Curitiba. É a Parrilla Buenos Aires!

Já tinha passado várias vezes na frente do restaurante, que fica bem no centro da cidade lá na Praça Osório. Amigos já tinham me recomendado, mas nunca tinha tido a oportunidade de visitar. Hoje isso mudou!

O ambiente é bem clássico e lembra bem os restaurantes tradicionais porteños. Na parede várias fotos e cartazes que lembram Gardel e Buenos Aires. Tem até uma foto do Shopping Abasto e outra de um centro cultural da Calle Jean Jaures! Que emoção. Como trilha sonora, tangos e mais tangos, obviamente!

É possível pedir a clássica parrillada, que vem com bastante coisa e muito miúdo como morcillas e chinchulín(que não curto muito). Minha opção era óbvia. Não podia deixar de pedir um legítimo bife de chorizo! Um clássico argentino!

A carne é gigante, suculenta e ótima. Não fica devendo nada aos bifes platinos. Na verdade ela pode ser até considerada melhor, porque é servida com uma farofa temperada, arroz e um pouco de maionese, algo que não acontece na Argentina. É justo esse toquezinho brasileiro que faz toda a diferença. Combina perfeitamente com aquele bifão gigante que vem servido no prato.

A taça de vinho que tomei é um Don Valentin Malbec, que não é nada sofisticado mas não deixa a desejar em nada. Honesto e correto. Melhor ainda seria se eles servissem sorvete Fredo de sobremesa!

Desde já é um dos meus cantinhos preferidos em Curitiba. E o melhor, aceitam todos os cartões e vales-refeição. Recomendadíssimo!

A Parrilla Buenos Aires fica na Praça Osório, 431. Mais aqui.

* Fui sem máquina fotográfica, por isso fico devendo fotos do local.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

24 horas com bigode

De Túlio P&B


Todo homem tem uma espécie de ritual ao fazer a barba. Um sistema ou método que se aplica desde a adolescência, quando começam a nascer os primeiros pelos faciais, e vai se aperfeiçoando com o tempo.

Pra mim sempre foi a mesma coisa. Começo a fazer a barba do lado esquerdo, pulo pro direito, depois queixo e para arrematar o bigode. É normal deixar o bigode lá intacto, admirá-lo no espelho por alguns segundos, imaginando como seria sua vida com ele, e só depois então passar o Mach 3!

Como faz um frio danado em Curitiba e minha muchacha está longe (pausa dramática, drama com violinos e bandoneón de tango no fundo), acabo fazendo a barba uma vez por mês e quando esse momento chega o bigode está bem respeitável. Na última quarta, enquanto me afeitava, olhei no espelho e tomei coragem para encarar um desafio de pura adrenalina: passar 24 horas com bigode!

Aqui vão os detalhes dessa ousada atitude:

Manhã:

Saio para pegar o busão para ir ao trabalho e já sinto que as pessoas me olham diferente, com mais respeito. Dentro do ônibus, pela primeira vez em anos, uma mulher sentada se oferece para segurar minha mochila, já que eu estava em pé.

Chegando no prédio do trabalho, pego o elevador com um senhor bigodudo. Ele me lança um olhar de aprovação e esboça um sorriso. Sinto que pertenço a um clube secreto, uma confraria de cavalheiros que só admite bigodudos. No trabalho as pessoas riem de mim.

Tarde:

Saio para almoçar com uma amiga, que também ri da minha cara. No restaurante, recebo olhares de duas mulheres que mastigam mignon ao molho madeira. Imagino que elas aprovam meu look e se sentem atraídas por uma figura máscula e bigoduda, algo que está ficando tão raro nos dias de hoje com tanta metrossexualidade e frescura.

De volta ao trabalho, recebo instruções da atendimento com quem sempre trabalho. Meu bigode recebe o primeiro elogio do dia "Ficou bom".

Noite:

Passo num supermercado no Centro para comprar cervejas e levar para a casa de um amigo. A fila está enorme e um senhor meio lóki, que usa um chapéu de cowboy, começa a reclamar e, entre as dezenas de pessoas na fila, me escolhe para conversar. "Dá pra ir de táxi até aí?", diz ele. O que segue é um diálogo surreal sobre a lerdeza da fila e um táxi. Imagino que ele me escolheu para conversar por causa do bigode.

Chegando na casa do amigo para ver o péssimo jogo Palmeiras X Flamengo, sou recebido com mais risadas. O bigode também recebe mais um elogio, dizem que até que combinou. A noite acaba e chego em casa tão cansado que nem tiro o bigode. Só faço isso no dia seguinte, terminando meu experimento sociológico comigo mesmo. Ou seja, acabei ficando umas 36 horas bigodudo.

Adendo:

Aqui um link de bigodudos tentando descrever a sensacão de ter um bigode, uma campanha do Festival de Cinema Independente de Buenos Aires.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Hyundai e Nick Vujicic

É bem questionável a publicidade se aproveitar de deficientes físicos, usando-os para vender seu produto. O que dizer então de uma montadora de carros? Realmente difícil.

Porém, esse vídeo da Hyundai, que junta Copa do Mundo e motivação, ficou com um tom bem acertado e bonito. Eles contam com o Nick Vujicic, um admirável palestrante motivacional que nasceu sem braços e pernas, para passar uma bela mensagem.



E você, o que achou?

Curitiba e sua Rua 24 horas

Foto: Gazeta do Povo

Uma das poucas coisas que conhecia de Curitiba antes de vir pra cá no ano 2000 era a tal Rua 24 Horas. Wow! Uma rua com lojas e lanchonetes abertas todas as horas do dia! Que coisa revolucionária!

A grande verdade é que quando fui conhecer o lugar me decepcionei bastante. Zero glamour. Um monte de restaurante meia boca, uma banca de revistas que era até bem boa e um punhado de lojinha de budulaque turístico que nunca entendi pra que existia. Foi lá a primeira vez que comi pizza com palitinho e confesso que achei meio trash.

A graça era visitar a Rua 24hs de madrugada, só que o problema era que ela era frequentada por uns poucos gatos pingados nada a ver, o que deixava o ambiente bem sem graça. Até a padaria 24 horas que fica há umas 2 quadras de lá conseguia ser melhor. Afinal, onde mais na cidade você pode comprar uma coxinha às 3h da manhã?

A decadência foi só aumentando e culminou com o fechamento do famoso ponto turístico curitibano. Depois de quase 3 anos abandonada, agora dizem que a rua será revitalizada. Vão ser mais de 3 milhões no projeto que promete um centro de cultura, cafés, livrarias e restaurantes. Mal posso esperar para tomar um mocachino na madruga lá!

Curitiba diz obrigado.

Mais aqui na matéria da Gazeta do Povo.

Booooons tempos

terça-feira, 1 de junho de 2010

Rudely Interrupted


Na maioria das vezes a gente pensa que o mundo da publicidade é uma grande farsa, mas aí vê projetos como o Rudely Interrupted e percebe que ela pode ser usada para o bem também.

Exemplo disso é a campanha "Veja a pessoa, não a deficiência" da Scope, uma ONG australiana. Eles usaram uma banda de verdade para isso, a Rudely Interrupted O detalhe é que o grupo tem 5 integrantes possuem um problema mental ou físico e isso não impede que eles sejam roqueiros.

O clip da música "Close my eyes" começa soturno e escuro, como se fosse uma música do The National, Interpol ou Joy Division. Planos fechados vão mostrando as mãos e pés dos músicos, como se fosse apenas um grupo qualquer. Só no fim você percebe o quanto especial é a banda. É emocionante!



Aqui o link da banda: http://rudelyinterrupted.com
E o site da Ong: http://www.scopevic.org.au/index.php/site/getinvolved/events/seetheperson

Tu és o MDC da minha vida



E não tem Pepsi-cola que sacie a delícia dos seus beijos.

(Só que no meu caso substituo por Coca Zero)

Savage Chickens

Savage Chickens é uma tirinha feita em algo que parece um post-it e seus personagens são frangos enlouquecidos.

Quase todo dia tem uma nova e fica aí a dica de algo genial na internet, a rede mundial de computadores. Eles até vendem camisetas com alguns dos gags. Taí um presente que adoraria receber.

mais aqui: http://www.savagechickens.com/
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