terça-feira, 17 de maio de 2011

Volver



Para quem não sabe ainda, estou voltando para Buenos Aires.

Algo que parecia impensável há alguns tempos se tornando realidade e voltar para a Argentina acabou se tornando a melhor opção.

Volto feliz, animado, empolgado e já sabendo o que estou comprando. Volto para uma segunda temporada, para deixar de cometer os mesmos erros, tentar fazer coisas diferentes, mas sem nunca deixar minhas reclamações de lado. Sem elas não vivo.

A partir de agora vocês podem me achar no www.airesbuenosblog.com. Lá pretendo continuar blogando sobre a vida na cidade, só que agora com vídeos e outras ideias mais.

E como já diz o velho tango "pero el viajero que huye, tarde o temprano detiene su andar".

Nos vemos lá!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Amor em tempos de Seu Madruga



No capítulo de hoje de Chaves, uma briga separa o casal Dona Florinda e Professor Girafales. Seu Madruga, o eterno romântico, é chamado para ajudar.

Amor em tempos de Cartola



Acho que só vivendo certas letras para entendê-las realmente, certo?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Seu Madruga RIP

Seu Madruga, o famoso inadimplente da vila do Chaves, foi encontrado morto essa manhã no bairro Centro Cívico em Curitiba. O corpo estava separado da cabeça do mexicano. A polícia não descarta a hipótese de suicídio.

Seu Madruga há tempos estava abandonado por seu dono, sem receber o carinho e atenção que eram tão comuns no seu dia a ...dia. O cadáver foi achado embaixo de uma mala, quando seu dono separava a mudança.

Vizinhos revelaram a reportagem que Madruga e seu dono tinham uma relação sadia, sem brigas, mas que a recente notícia de mudança para Argentina pode ter afetado o pai da Chiquinha.

Seu dono, Túlio, nega a hipótese de suicídio por causa da mudança de país: "Estou inconsolável. Vivi muitas aventuras ao lado do Madruga. Garanto que ele gostaria de voltar para a Argentina. Inclusive uma vez quando trabalhávamos na FOX recebemos a visita da presidenta Cristina Kirchner"

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Rodaninhar

Rodaninhar: verbo intransitivo.

Fazer um movimento, muitas vezes sem sentido, buscando maior conforto na cama, sofá ou nos braços de uma pessoa.
Pode ser confundido com o verbo acomodar, porém difere-se nas movimentações que podem até ser consideradas um pequeno ritual antes de deitar-se.

Um modo prático para entender o verbo rodaninhar é observar um cachorro indo se deitar. Ele faz vários círculos, balança o pescoço e até exprime alguns sons antes de finalmente se acomodar.

O próprio verbo vem daí, rodar antes de se aninhar.

Muitos humanos também tem o mesmo comportamento e nem percebem que rodaninham diariamente.

terça-feira, 26 de abril de 2011

João Bosco e Vinícius - Constelações



Vamo parar de ser alternativinho e ser do povo por um momento! Um dia o Murilo Basso, jornalista respeitável (sic) que escreve em Rolling Stone, Billboard e Contigo, me apresentou o sertanejo universitário de qualidade e acabei gostando de verdade de certas duplas, mas nenhuma delas bateu João Bosco e Vinícius. São muito ídolos! Se você parar para ouvir com atenção, tem muito pouco mesmo de sertanejo de raiz ali. É pop mesmo! Altos efeitos de guitarras, solinhos e uma bateria efusiva em certos momentos.

Inclusive esses caras foram responsáveis pelo terceiro melhor show que vi esse ano, lá em Guaratuba, litoral do Paraná. (o primeiro e o segundo foram do The National em Buenos Aires, óbvio).

A dupla, que você pode conhecer pelo "Chora me liga" e inúmeros outros sucessos, vai lançar o disco "Constelações" em breve no mercado, mas as músicas já vazaram aí na internet.

O novo cd, como sempre, é uma avalanche nonstop de hits. O carro-chefe é a canção de mesmo nome, mas além disso eles tem músicas com participações Jorge e Mateus e do Bruno e Marrone, além da ótima "Louca Sentimental". Fiquei aqui pensando e cheguei a conclusão que é exatamente desse tipo de mulher que curto: doida e sentimentalóide.



Seu temperamento não é normal. Às vezes louca, às vezes sentimental.

Baixastralizar

Baixastralizar: verbo intransitivo.

Ato ou efeito resultante da baixastralização. Quando por algum momento, de repente, você se vê triste com algo específico ou o mundo em geral mesmo. Caracteriza-se por uma melancolia leve e passageira. Não necessariamente leva a depressão, pois baixastralizar-se é ter um sentimento efêmero de desesperança para com as coisas.

Caso a baixastralização dure mais de 4 horas aí sim se transforma em tristeza e é preciso se preocupar. Pode ser curada com doses musicais de I'm From Barcelona. Escutar uma canção a cada 4 horas.

Quero viver dentro de uma música do I'm from Barcelona


Quero viver dentro de uma música do I'm From Barcelona. Lá tudo é feliz e a gente não precisa se preocupar com nada.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Desdecidir

Desdecidir: verbo transitivo ou intransitivo.

Ato ou efeito causado pela desdecisão. Quando você volta para um estado anterior de dúvida e a decisão tomada se torna sem efeito.
Há de ressaltar que desdecidir não é desistir. A partir do momento que você desiste, você está tomando uma decisão, o que não acontece na desdecisão. Quando você desdecide, você volta atrás para ponderar melhor, ter mais certeza, e pode até decidir de novo por aquilo que já tinha sido decidido anteriormente.

Exemplo prático:
Joãozinho está num supermercardo com sede e pode comprar coca-cola, água com gás ou suco dell valle. Joãozinho escolhe a coca e se dirige para o caixa, porém no meio do caminho volta atrás para analisar melhor as opções. Ele não desistiu da coca, apenas quer voltar para a gôndola e se assegurar que essa decisão realmente é a melhor.

domingo, 24 de abril de 2011

Tô Legal



Poesia do pagode para a vida:

Tô legal, apesar disso tudo, eu tô legal.
Vou pensar no futuro, eu tô legal.

Paris, Texas.

I used to make long speeches to you after you left. I used to talk to you all the time, even though I was alone. I walked around for months talking to you. Now I don't know what to say. It was easier when I just imagined you. I even imagined you talking back to me. We'd have long conversations, the two of us. It was almost like you were there. I could hear you, I could see you, smell you. I could hear your voice. Sometimes your voice would wake me up. It would wake me up in the middle of the night, just like you were in the room with me. Then... it slowly faded. I couldn't picture you anymore. I tried to talk out loud to you like I used to, but there was nothing there. I couldn't hear you. Then... I just gave it up. Everything stopped. You just... disappeared. And now I'm working here. I hear your voice all the time. Every man has your voice.


Vi aqui e lembrei.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Exile Vilify

Estou adorando essa coisa do The National lançar uma música nova aleatória a cada mês.

Parece que sobrou muita coisa boa do último cd. Essa agora, "Exile Vilify", é trilha sonora de um jogo de videogame chamado Portal 2.

Muito piano e o clima soturno de sempre, com letras de rasgar o coração "Does it feel like a trial? Does it trouble your mind the way you trouble mine?".

Ô joguinho de bom gosto, hein?

Baixa aqui.

Te odeio, isso é o amor


Quando gostamos de alguém corremo o sério risco de não gostar mais dela um dia. Gostar? Ok, deixemos o eufemismo pra lá. Quando amamos alguém corremos o sério risco de não amá-la um dia.

Existe o risco de encontrar inesperadamente essa pessoa na rua e ter que correr e mudar de calçada só para não ter que falar alguma coisa, fingindo que aquele amor nunca aconteceu. O engraçado é que isso não acontece quando esbarramos com um amigo que não vemos há tempo. Quando encontramo um amigo da infância, por exemplo, nós gritamos de alegria, abraçamos, damos risada e mostramos um interesse gigante e real em saber o que ele anda fazendo da sua vida.

Com as pessoas que um dia foram seu amor, pessoas que em algum momento tiveram um passe-livre para todos os detalhes mais íntimos da sua vida, essa empolgação raramente existe genuinamente. Podemos perguntar sobre o trabalho atual dela, das suas viagens, sobre sua família, mas sua mente não vai processar tudo direito. Essas pessoas só podem existir em preto ou branco na nossa cabeça, ou tudo ou nada. Abraçamos efusivamente aquela pessoa que jogou Super Nintendo em 1994 com a gente e ignoramos aquela pessoa que abraçamos no meio da noite quando ela acordou numa crise de choro dizendo que tudo estava errado na vida dela e o que mais queríamos naquele momento era ajudá-la, ser um super-herói para salvá-la daquele momento.

Por que nos apegamos a certas pessoas e nos forçamos a esquecer outras? A parte mais difícil do amor sempre é lidar com os extremos. A rapidez que podemos ir de "Me abraça essa noite" para o "Vai pra PQP".

Temos uma talento único em odiar quem já amamos. O ódio é pura paixão, assim como o amor é paixão. Deveríamos saber disso ao assinarmos o contrato amoroso: "Estou ciente do fato que amar você possui um potencial enorme para a tragédia. Declaro que conheço as possibilidades enormes de te odiar um dia até o meu mais profundo ser".

De alguma maneira o ódio é um grande elogio. Porque no momento exato que você consegue cruzar com sua ex na rua ou no supermercado e dizer um "oi" sem problemas, você já superou tudo. O amor agora morreu ou está alojado num compartimento mais saudável do seu cérebro. Isso é ótimo, mas significa que tudo já é passado. Tecnicamente é isso que deve acontecer. É o caminho que todos os relacionamentos devem seguir. Porém renunciar a essa paixão e a esse ódio às vezes pode ser a coisa mais difícil a ser feita. Muita gente prefere seguir odiando porque acham que às vezes é melhor se apegar a esse sentimento ruim do que não sentir nada.

Título tirado dessa música do Ira!

Esse texto é uma tradução livre do ótimo Tought Catalog.

Discotecagem na Inauguração do Pixel Bar


O Pixel é o empreendimento do Mr. Walter Petla que promete ser algo diferente em Joinville, cidade pertinho de Curitiba (120 km).

Fazia tempo que a náite da maior cidade catarinense pedia algo nessa linha e fui convidado para discotecar logo na estreia no dia 30 junto com os amigos Marcell e Sol. No meu repertório, o clássico indiezinho dançante e muito trash dos anos 90.

De acordo com o release:

O Pixel invade Joinville a partir do dia 30, trazendo pra inauguração o DJ Manolo Neto e seu eletrorock, a festa Tied to The 90's, projeto de Marcell Boareto e Sol Lingnau com o que houve de melhor nos 90, e Túlio Bragança, fenômeno web com o seu 'pagodeversions' e fã de indie rock desde que largou o cavaquinho.

Inauguramos mostrando nossa proposta: indie rock dos 1990, 2000 e 2010, eletrorock, pop&trash, tudo para animar a noite Joinvillense.


PS: não vou tocar pagode.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Todos somos meio dementes



Fico feliz de constatar que o ponto de demência de alguém seja a fonte de seu charme.


E eu vou lá discordar do Gilles Deleuze?

domingo, 17 de abril de 2011

We expected something, something better than before



"Start a War" - primeira canção do segundo show do The National no La Trastienda em Buenos Aires, dia 04 de abril. Apresentação essa que foi muito melhor e especial para mim do que a primeira.

Ando com a cabeça a mil. Muitas mudanças na vida e decisões importantes a serem tomadas. Não sei se deixo a vida me levar, conselho do Zeca Pagodinho, ou se faço o contrário e não deixo a vida me levar, conselho do Charme Chulo. Por isso os poucos posts com conteúdo que não seja apenas links e vídeos de músicas que andam me fazendo companhia.

Mas tudo bem. Sou daqueles que acham que na maioria das vezes já temos tudo decidido na nossa mente. Se às vezes tomamos algum tempo, não é exatamente para tirarmos alguma possível dúvida que possamos ter, mas sim apenas para nos convencermos daquilo que sempre pensávamos.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Recording Forever Today, Part 1



Muito bom poder ver alguns detalhes da gravação do CD dessa banda que é uma das mais irritantemente felizes do mundo.

E aquela sueca de óculos gigantes não é uma belezura?

Fica aí a dica!

terça-feira, 12 de abril de 2011

terça-feira, 29 de março de 2011

Curitiba, 318 anos!


Feliz aniversário, Curitiba! 318 anos de pura antipatia cinza que eu tanto amo.

Tivemos ótimos momentos juntos nesse caso de amor que dura mais de 11 anos, mas agora está chegando a hora tomar coragem para te deixar. Faz tempo que Curitiba não me ama de volta.

Sentirei sua falta.

I'm From Barcelona - More is More


No dia 12 de fevereiro o I'm From Barcelona se juntou com uma sinfônica de sua cidade natal lá da Suécia num show classe A!

O resultado disso está sendo postado aos poucos no site deles. Já são três clips disponíveis, o de "Andy" é o primeiro.



E também tem "Always Spring", música nova que estará no cd "Forever Today". Uma belezura!

I'm From Barcelona - Get In Line


Já saiu o primeiro single do novo disco dos suecos do I'm From Barcelona, que se chamará "Forever Today" e será lançado dia 19 de abril.

"Get in Line" já tem clip e é bem pra cima, como a maioria das canções desses caras.

Junkie Emocional


Todo mundo curte sentir adrenalina invadindo seu corpo, aquele sentimento extremo que faz você se sentir vivo pra caramba e que tudo é possível. Tem gente que pula de aviões, outros de bungee jump, alguns disputam rachas de carro e outros mesmo se perdem nas drogas. Às vezes acho que muita gente, eu mesmo incluído, acaba buscando essa adrenalinas nas emoções. E elas são muitas, nos alerta Roberto Carlos.

Quando estou "drogado" por alguém sinto que posso qualquer coisa, Leonardo di Caprio gritando "I'm the king of the world" em Titanic. Adoro meu trabalho que me faz feliz, me sinto bem-sucedido, meus amigos me amam e me dou bem com todos e me orgulho muito da vida que levo, mesmo que more num apartamento horroroso. Resumindo de um jeito bem brega: a vida tem mais cor. Tudo isso porque sinto algo por alguém e é recíproco. Parece que me vejo com os olhos dessa pessoa e me acho bonito, inteligente e super engraçado. Algo como aquela cena de "500 dias com ela", quando o cara acaba de acordar ao lado da Zooey Deschannel e começa a andar na rua dando oi pra todo mundo e dançando com passarinhos pousando na sua mão (vídeo lá embaixo). Sabe? Parece que o mundo todo é meu melhor amigo. É bem assim que me sinto. Um tsunami de alegria destruindo qualquer mau-humor na minha frente.

Mas aí quando esse tsunami vai embora, e comigo ultimamente sempre vai, me sinto destruído, um viciado em heroína saindo do rehab todo suado e com olhos esbugalhados. Acaba a fase em que você se sente galã poderoso. Agora você se sente o cara mais horrível, sem graça, injustiçado, sem talento e podre da humanidade (Coisas que temos plena consciência que não são reais quando você não está drogado de emoções, mas que mesmo assim você não deixa de pensar) Não, não quero me sentir assim, mas não posso negar que isso me dá inspiração, me faz me sentir vivo, mesmo querendo morrer. E muitas vezes me pergunto se prefiro estar assim podre, porque pelo menos estou sentindo alguma coisa, do que estar meia-boca levando dias mais ou menos totalmente sem graça.

A solução para isso desconheço, mas imagino que antes de tudo é não se "drogar". Conhecer alguém devagar, aproveitar aquelas leves empolgações que o contato humano pode gerar sem exageros, por mais que você adore altos e baixos e o "high" que esse sentimento pode trazer que é melhor que qualquer droga inventada. E claro, não tentar se julgar segundo o que a outra pessoa vê, mas ser mais seguro de quem você é pelos seus próprios olhos. Ficar feliz e aproveitar os momentos mais normais, mundanos e comuns com alguém, sem demasiadas expectativas. Sentir-se sim vibrante e cheio de vida todo santo dia, mas não somente quando você está super bem ou na pura merda. Porque mesmo nesses dias sem graça e ordinários ainda estamos aqui, ainda importamos e ainda estamos muito vivos.


segunda-feira, 28 de março de 2011

Los caminos de la vida



Los caminos de la vida,
no son los que yo esperaba,
no son los que yo creia,
no son los que imaginaba

Los caminos de la vida,
son muy dificiles de andarlos,
dificiles de caminarlos,
y no encuentro la salida.

Yo pensaba que la vida era distinta
cuando era chiquitito yo creia
que las cosas eran facil como ayer
que mi madre preocupada se esmeraba
por darme todo lo que necesitaba
y me doy cuenta que tanto asi no es

porque a mi madre la veo cansada
de trabajar por mi hermano y por mi
y ahora con ganas quisiera ayudarla
y por ella la peleo hasta el fin
por ella luchare hasta que me muera
y por ella no me quiero morir
tampoco que se me muera mi vieja
pero yo se que el destino es asi

domingo, 27 de março de 2011

Bored Couples

Casal entediado num barco entre a Finlândia e Suécia

Casal entediado na Finlândia

Casal entediado no Reino Unido

Mulher apreciando a bela paisagem da parede ao lado de seu marido em Paris

Às vezes a gente reclama do tédio, mas nada pior do que quando esse tédio tem companhia. Aí incomoda, aí te faz pensar um monte de coisas que talvez não sejam boas, aí te deixa para baixo porque você não consegue ter um momento divertido com fulano. Tédio bom e de qualidade, do tipo que te faz descansar e limpar a mente, é solitário e silencioso.

Talvez por isso me dá uma agonia enorme ver essas fotos da série Bored Couples, do fotógrafo Martin Parr. Elas são de 20 anos atrás e mostram casais que tem todos uma coisa em comum: uma cara enorme de cu. Gente com semblante que comeu e não gostou, pessoas numa dança que mais parece feita por robôs, casais que não se olham mesmo estando sentados frente a frente num restaurante, indiferença total e irrestrita. Um momento de plena solidão a dois.

As poses não foram forçadas e até mesmo o fotógrafo diz que não sabe se os casais realmente estão cheios de tédio. Mas que parecem, parecem muito!

Mais das fotos entediadas aqui.

Site do fotógrafo: http://www.martinparr.com/

sexta-feira, 25 de março de 2011

Curitiba Merece uma Estátua do Oil Man


Todas as cidades devem homenagear seus heróis. Se conseguiram juntar dinheiro pra uma estátua do Robocop em Detroit, por que não uma estátua do Oil Man em Curitiba?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Salud, dinero y amor



Calamaro, nos seus tempos de Los Rodríguez, mas sempre gênio.

Brindo por el recuerdo y también por el olvido
Brindo porque esta noche un amigo paga el vino!

Rebecca Black: ame-a ou deixe-a



Muito tem se falado nesse vídeo. Rebecca Black. Ela é produto mais bem-sucedido da Ark Music Factory, uma espécie de empresa que grava canções e vídeos para adolescentes americanos que tenham pais dispostos a pagar isso. Uma olhada rápida no portfolio da Ark revela outros vídeos bem parecidos, como Ariana Dvornik, CJ Fam (minha preferida) e Britt Rutter (que também já ultrapassou um milhão de views) e a Sara Maugaotega. Em comum as letras rasas, videoclips mega simples mas produzidos de forma ok e uma cantora com nenhuma cara de estrela.

Mas nenhuma delas é tão genial Rebecca Black, nenhuma apareceu nos jornais, virou Trending Topic no Twitter e virou parte da cultura pop mundial com milhares de remixes e versões. Por que ela bombou e as outras não?

Não sei e acho que ninguém sabe. Por favor me mostrem um exemplo de uma pessoa que planeja conscientemente passo a passo a produção de um vídeo viral que ultrapassa a casa dos 40 milhões de views. Qual o segredo? São muitos especialistas em internet, muitas tentativas de explicar e nada plausível. O fato é que as respostas e a teorias vem sempre depois que um viral explode. Mas antes dele, para criar um ainda não vi nada realmente convincente.

Só sei que a música de Rebecca, comparando com as outras coleguinhas da Ark, é a que mais escancara os clichês do pop. Um cuspe na cara de todo mundo da música. A letra é imbecil de óbvia com "Ontem foi quinta, hoje é sexta e amanhã é sábado" ou "Tenho que decidir se sento no banco da frente ou de trás do carro" mas retrata bem a vidinha média de um adolescente americano, a voz da guria é totalmente manipulada por aqueles softwares que afinam a voz e o vídeo tem efeitos tosquíssimos de efeitos especiais. Mesmo com tudo isso está a música está sendo vendida a rodo na Itunes Store. Ou seja, é ruim mas o povo tá comprando. Talvez o mundo está ficando tosco, quem sabe essa seja a resposta para muitas coisas nessa vida.

Enquanto isso no Gmail.

Troca de emails real que aconteceu comigo hoje. Não tenho a mínima ideia de como o cara achou que eu fazia simpatia.


Olá! Eu gostaria de saber quanto custa e o que é necessário para fazer essa "amarração"!

Atenciosamente, Gustavo!

Oi Gustavo,

de qual amarração exatamente você está falando? Tudo depende do caso.

abraço,

É uma ex-namorada que eu não consigo esquecer!

Oi Gustavo,

Conte mais do caso para eu ficar sabendo.
Você quer esquecê-la ou trazê-la de volta?


Eu quero tê-la de volta!


Já falou isso pra ela? Já disse claramente o que vc quer e sente?
Faça a sua parte. Faça tudo o possível para não se arrepender mais tarde.
Depois sim apele para amarração. É a última saída.

Eu já coneversei muito com ela.... mas ela está muito insegura por algumas coisas que aconteceram enquanto estávamos juntos, e por isso ela resolveu terminar o namoro!

Então preste atenção


Escreva o nome da pessoa num papel branco, à meia noite de uma sexta- feira, enterre o papel todo dobradinho debaixo de um pé de chorão, pense firme no seu retorno e urine em cima.

Ok.... obrigado, mas quanto você vai cobrar por isso?

Primeiro faça e veja os resultados. Depois você diz se surtiu efeito e paga o quanto seu coração mandar.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Como certas bandas nos fazem sentir

The National


Adultez, maturidade, desemprego, desilusões, corações partidos de forma cirúrgica. The National te faz sentir como um pai de família de 38 anos, divorciado, com um ou dois filhos para criar, alguns outros problemas para contornar, mas que está com seu copo cheio com o melhor whisky possível numa noite soturna pensando "Eu fiz o meu melhor e é isso que me tornei hoje. Talvez eu devesse ter feito uma ou outra coisa diferente, mas aí eu deixaria de ser eu mesmo". Taí uma coisa interessante das músicas do The National: não existe arrependimento do que passou. Só uma reflexão que certas coisas não saíram do jeito planejado, que na verdade todo mundo está ferrado, cada um do seu jeito.

Portishead


Let's get it on, baby! Meus caros, existem poucas certezas nessa vida, mas uma delas é que Portishead te faz sentir o rei das fodas worldwide. O som da banda combina perfeito com uma putaria. Coloque "Glory Box" para tocar, apague as luzes e apenas espere que two become one. Pode ser meio clichê, mas Portishead desperta o luxúria e a lascívia de qualquer pessoa, até mesmo a Sandy. Te faz sentir sacana, te dá vontade de brincar com chicotes, facas ou nunchaco. Mas não perca o controle! Isso tudo pode machucar. Mas que Portishead é praticamente um viagra musical, isso é. E no final de tudo, você ainda pode colocar "It Could Be Sweet" ou quem sabe até mudar de artista e colocar Feist, para aquele momento de conchinha ou cucharita, como dizem na Argentina, ser ainda mais terno.

Qualque música Dance dos anos 90


Você está pronto para sair para a náite. Hoje você pode tudo, tu é o cara. Até a Britney Spears te passa confiança, aconselhando que você aproveite o máximo num clube cheio de pessoas bonitas e divertidas. Essa realidade é paralela, praticamente não existe, mas não importa porque essa música te faz sentir bem e dançar lembrando que tudo é possível porque there's a party tonight. Tudo que você precisa é apenas mais uma música na pista. DJ, toque Shakira and save my life. Double You lembra que as coisas eram fáceis e descomplicadas quando você tinha 14 anos e que ser feliz era bem simples. Por que hoje não?

Jens Lekman


Liberdade. Total falta de noção para dançar como um curupira que cheirou lança-perfume num campo de alfazemas da Noruega numa tarde de outono. Ninguém está te olhando e você pensa que até pode ser o namorado de mentira daquela sua amiga lésbica só para que o pai dela fique feliz e troque emails com você. Mas se algo dá errado na vida, o Jens deixa você achar que isso só acontece com a sua pessoa. Ninguém no mundo é mais azarado, mais injustiçado, mais mal amado que você e que mesmo assim continua sendo perfeitamente normal cantar letras como "I would cut of my right arm to be someone's lover".

Andrés Calamaro


Você é um poeta das ruas, com a pele curtida pelo sol e a voz rouca gasta pelo excesso de álcool, cigarro e mulheres. Ou seja, excesso de vida. Essa vida bandida te fez mais sábio, um tanto quanto dramático e consciente para poder aproveitar todo e qualquer momento de alegria. Sábio para não ligar que pensem que você é brega quando grita forte "Tengo abierto el mini-bar y cerrado el corazón", dramático para gritar a todos pulmões "Quiero vivir dos veces para poder olvidarte" e consciente para às vezes perder o controle com uma rima pobre mas eficiente: "Yo soy un Loco que se diò cuenta que el tiempo es muy poco". Calamaro te motiva a dar uma grande banana para o que os demais pensem. A vida é para ser vivida e não pensada. Pensar demais cansa e você precisa ser um pouco irracional e animal, mas sem nunca perder a pose.

Qualquer música em Francês


Escutar qualquer música em francês te dá vontade de fumar um cigarrinho na banheira, tomar uma bela taça de vinho e ler um bom livro, porque esses são os grandes prazeres da vida. Você ouve uma música da qual não entende praticamente nada, mas mesmo assim sente uma vontade urgente de pegar o primeiro voo para Paris, alugar um apartamentinho de merda só para poder fazer a sua arte: tirar fotos ou escrever um romance. Você se imagina passando dias totalmente solitários mas cheio de poesia francesa advinda das ruas. Por total acidente você encontraria uma moça de cabelos curtos, chamada Madeleyne, num café, que te apresentaria ao seu mundo parisiense, os castelos ao redor da cidade, um pic-nic numa ilha exclusiva do Sena, seus amigos franceses e todo "joie de vivre" que você nunca viverá. Logo vocês se apaixonariam e estariam sentados no apartamento enfumaçado dela, tomando mais vinho, fumando como se não ouvesse amanhã e escutando Edith Piaf porque afinal isso que é a vida.

The National - So Far Around The Bend



Só para não perder o costume, um postzinho com uma música do The National.

I know you're a serious lady
Living off a teacup full of cherries
Nobody knows where you are living
Nobody knows where you are

Take a bath and get high through an apple
Wanted to cry but you can't when your laughing
Nobody knows where you are living
Nobody knows where you are

You're so far around the bend
You're so far around the bend

I'll run through a thousand parties
I'll run through a million bars
Nobody knows where you are living
Nobody knows where you are

You've been humming and I think it's forever
Praying for pavement to get back together
Nobody knows where you are living
Nobody knows where you are

You're so far around the bend
You're so far around the bend

terça-feira, 22 de março de 2011

Un cuento chino



Novo filme do Darín, que estreia essa quinta na Argentina.

Japagode



Japas + Pagode = Japagode

Tipos de pessoas para você sair.


Você pode sair com alguém no verão e, meu amigo, no verão não existem regras nem cobranças. Essa pessoa pode não ter nada a ver com julho, quando você está usando casacos grossos e espirrando fumacinha pela boca, mas ela pode se encaixar perfeitamente no finalzinho de dezembro ou em janeiro quando rola fácil um convite para a piscina do prédio do seu pai. Seus corpos vão se grudar de uma maneira impensável no calor e estar juntos pode ser até meio nojento algumas vezes com tanto suor, mas vocês ficarão desse jeito mesmo assim. Estar numa vibe fim de ano ou férias é perfeito, porque afinal tudo isso nao passa de uma pausa na sua vida real. Um período do ano em que você usa pouca roupa, bebe cerveja a qualquer hora do dia e não se preocupa em acordar cedo. Sua pele vai ficar morena, a areia vai grudar no suor de vocês e o cheiro de Sundown vai ser forte. Mas no fundo você vai achar isso muito sexy. Quando começar a época dos casaquinhos indies da Adidas você já estará de volta ao trabalho, seu amor de verão irá aos poucos desaparecer e o romance permanecerá como uma singela lembrança de um fim de semana perdido na praia. Mas está ótimo assim. Quem ama no verão tem uma dificuldade enorme de amar em outra estação.

Você pode sair com alguém que gosta muito mais de você do que você gosta dela. Ela vai te jogar um olhar de completa adoração, com um queixo caído que te fará sentir o cara mais charmoso da face da terra. Você será mais focado no trabalho, terá mais base e essa pessoa te ensinará como se sentir adorado. A balança do amor e dedicação entre vocês será claramente desigual, mas você vai tentar te convencer que está se apaixonando aos poucos por ela, bem aos poucos mesmo. Depois de um tempo perceberá que não está realmente se apaixonando e que isso não vai acontecer mesmo. Nada que a pessoa fizer vai mudar isso. Daí então começará a se sentir culpado e uma tristeza se instalará dentro da sua pessoa. Você olhará para aquela cara de gatinho do Shrek com um sorriso super doce da moça e terá vontade de cuspir nela. Suas atitudes começarão a ser de um completo canalha e você comecará a se odiar por não conseguir corresponder a tanto amor e doçura. Há certas pessoas que estão destinadas a ter seus corações destroçados e outras a destroçar corações. Você nunca sabe o que é pior.

Você pode sair com alguém que te trata como merda, uma sociopata que tem uma energia intoxicante que de alguma maneira te suga. Depois de alguns meses você estará completamente perdido num meteoro da paixão, criando desculpas para o péssimo comportamento e atitude dessa pessoas e falando para os seus amigos "Não é isso. É que vocês não conhecem ela como eu". Mesmo sabendo que isso é uma grande mentira, aquelas raros momentos de ternura te envolverão como nunca, fazendo tudo valer a pena. Com sorte você vai acordar para a vida e ficar cansado de tanto sofrimento e manipulação emocional. Alguns dos seus amigos contarão histórias do tipo "Todo mundo, em algum momento da vida, já teve alguma pessoa assim". Provavelmente isso é dito para te fazer sentir melhor, mas não vai adiantar. O melhor de tudo é que você nunca se culpará pelo fim do caso. A culpa sempre é dela.

Você pode sair com alguém que é muito, mas muito mais atraente que você e se maravilhar com aquele corpo perfeito e a pele de porcelana. A clávícula dela é tão bonita, não é? Ame-a loucamente principalmente quando ela estiver pelada que ela te amará mais quando você estiver vestido. Você será o mais inteligente do casal, o que tem mais carisma, empatia, amigos e jogo de cintura, mas no fim quem acabará se sentindo que nunca foi adequado é você mesmo. Quando saírem juntos todo mundo vai olhar e pensar "O que aquela deusa está fazendo com aquilo?". Ao menos é isso que você vai pensar que vão estar pensando sobre você. Sair com alguém muito mais bonito que você te fará uma pessoa totalmente paranóica e insegura. Mesmo que a bela pessoa da relação te faça juras de amor, isso não será o suficiente e você terminará tudo porque não quer se sentir como o corcunda de notre dame ao lado dela. Você sentirá saudades eternas daquela maravilhosa clavícula

Você pode sair com alguém que nunca se apaixonou antes. Ela vai te lembrar constantemente daquele sentimento adolescente que é ótimo e inebriante. Ela dirá coisas bizarramente intensas bem rápido, sem perceber o quanto aquilo é sério e comprometedor. Também fará grandes gestos de amor para você porque, afinal, ela ainda não sentiu o gosto amargo de ter um amor em ruínas. Ela não descobriu o quanto as pessoas podem ser cruéis, egoístas e como elas podem te decepcionar de maneiras nunca antes pensadas. Cedo ou tarde você perceberá que será um professor nos assuntos de decepção e instabilidade para ela. Quando você der os mínimos sinais de desinteresse, ela começará a captar todo seu azedume. Num tipo de osmose do amor, no fim essa pessoa vai acabar herdando um pouco da sua amargura, decepção e descrença nas relações humanas.

Você pode sair com alguém que é certo para você. Ela terá uma clavícula normal, será estável, já foi apaixonada antes, já viveu coisas boas e coisas ruins, tomará conta quando você estiver doente, de vez ou outra será irônica de um jeito agressivo, te decepcionará, te amará, te odiará mas te amará de novo mais ainda. Você não vai se preocupar sobre quem é o mais bonito ou qual ama mais da relação. Isso apenas não vai passar na sua cabeça e você nem vai perceber isso. É aí que a coisa tem chances de dar certo. Você não se preocupará, apenas pensará em coisas bonitas.

As pessoas com quem você sai ou namora não precisam ser necessariamente as pessoas que você ama. E está ótimo assim. É tanta gente diferente que passa na sua vida que é possível criar várias teorias sobre tudo. Você sai com alguém que te trata mal quando você se odeia? E depois você sai com alguém que te adora só pra se sentir amado e não amar de volta? O objetivo é estar bem consigo mesmo, sem maiores dramas ou traumas para daí sim gostar de alguém só porque essa pessoa é adorável, adora falar das mesmas coisas que você e te faz feliz. É simples, não é? Te gosto, você gosta de mim. O fim.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Como ficar afim de alguém


Tenha uma vida tediosa, solitária, medíocre e sem grandes emoções. Um belo dia encontre uma garota bonita numa festa, no trabalho, no ponto de ônibus ou no mercado quando você está comprando pão integral. Dê aquela boa segunda olhada para ela, a olhada que definitivamente identifica a pessoa e te faz pensar: "mas peraí, é bem possível que eu te ache maravilhosa, queira dormir com você, me apaixonar e até casar". Tenha então alguns momentos de uma conversa nervosa e desnecessária do tipo: "Oi, você compra sempre isso? Recomenda essa marca de bolacha" ou "Você não pega tal ônibus todo dia às 8h30 no lugar tal?" ou "A gente começou a trabalhar no mesmo dia, não foi?". Faça uma troca de calorosa de sorrisos imbecis e injete muita adrenalina no seu corpo com aquela empolgação babaca.

Pergunte o nome dela (para depois procurar nas redes sociais) e o número do celular, para vocês trocarem sms. "Me manda uma mensagem então. Foi ótimo mesmo te conhecer. Tô indo agora. Não agora agorinha, mas daqui a pouco. Quer dizer...". Aí está outro detalhe essencial. Perca totalmente a capacidade de falar com um nível mínimo de articulação. Na verdade, comece a pensar se você se tornou um débil mental, mesmo que temporariamente.

Saia andando desse encontro casual se sentindo muito eufórico. Ligue para os seus amigos ou converse com eles pelo Gtalk sobre essa pessoa que, numa realidade paralela criada pela sua mente doentia, você poderia criar filhos juntos. Comece a se sentir uma derrota porque você não sabe nada sobre ela. Foram só seus neurônios e sua química mental que acharam legais como ela é e o que ela falou. É isso. Mas mesmo assim se segure a essa sensação parecida a uma viagem num ácido que você está tendo. Sinta-se um completo imbecil por descobrir que essa nova pessoa, que há poucas horas você nem sabia que existia, agora tem o poder de te deixar extremamente feliz ou mais louco que o Bozo.

Comece o doloroso e aterrorizante jogo do SMS. Escreva sabendo que, a partir do momento que você enviar a mensagem, gastará todos os segundos seguintes obcecado por descobrir se ela vai responder ou não. O texto do SMS precisa ser amigável, mas não desesperado. Faça uma referência engraçadinha a algo que vocês conversaram antes e deixe claro que você gostaria de vê-la novamente. Consulte uma manada de amigos sobre a quantidade de vírgulas usar e quais as palavras certa para fazer uma mensagem de texto perfeita. Coisas como "É melhor dizer que 'foi ótimo conhecer ela?' ou devo dizer apenas que foi 'legal conhecê-la?'. Qual soa melhor?". Aperte logo "Enviar" e transforme-se automaticamente numa pilha de nervos ansiosos.

Passe quatro horas sem nenhuma resposta. Fique nervoso, histérico, louco, beba muito café, chame um amigo para sair e tomar uma cerveja, mas não deixe de checar seu celular loucamente a cada 2 minutos. Sinta o telefone vibrar e tenha a mesma emoção de quando o Brasil ganhou o penta. Descubra depois que era apenas o Itaú avisando que receberam o pagamento do seu cartão de crédito. Responda a mensagem como um lunático "PORRA ITAÚ, NÃO ME FODE".

Oito, nove, dez hora passarão sem resposta. Vai ser hora de chamar uma cúpula de amigos num bar ou numa janela do MSN para discutir o que aconteceu. "Talvez ela esteja trabalhando. De repente ela esqueceu o telefone quando foi almoçar com a vó. Quem sabe ela foi sequestrada. Numa dessas fui burro e anotei o número errado dela. Talvez". Tome Rivotril para se acalmar e dormir. No dia seguinte acorde meio zonzo e perceba que há uma nova mensagem de texto no ceu celular. É da guria e ela diz "Hey! Bom te conhecer também. Como você está?". COMO EU ESTOU? SÉRIO? Estou esperando loucamente você responder meu SMS para me sentir vivo outra vez, sua anta! Sinta-se o gosto da derrota por perceber que em nenhum momento da mensagem ela mencionou ou concordou em querer ver você outra vez. Responda a mensagem com algo do tipo "Estou ótimo! Quais seus planos para essa semana? Vamos combinar alguma coisa?". Pense duas vezes e reflita se você não está sendo agressivo demais, mas mande a mensagem mesmo assim.

Daí começa a dolorosa dança do SMS. Ela responde suas mensagens um dia depois e com bem menos entusiasmo. Mostre a mensagem para seus amigos e pense coisas como "Ela deve estar bem ocupada. Ela deve ser ruim de sms, é isso!". Ria da sua situação freneticamente e faça todo mundo achar que você é um freak. Perceba que aos poucos seus amigos mais próximos vão querer te acalmar. E além de tudo, você nem conhece essa pessoa. Sério! Conscientemente você tem noção de como tudo é absurdo e foge da lógica, mas ela é uma moça bonita. Moças bonitas que são legais com você ganham da lógica, ganham da matemática, ganham até de mestrados, doutorados e até mesmo fazem você esquecer o quanto já se fodeu ao longo da vida. Moças bonitas > qualquer coisa.

Passe as próximas duas ou três semanas com o pensamento de que a pessoa que você conheceu rapidamente, transformando-a numa obsessão, apenas não vai rolar. Comece a ficar menos afim, pensar menos em como sua vida seria melhor com ela. Desinfecte-se. Faça terapia, acupuntura ou apenas fique bêbado para limpar seu cérebro. De forma devagar volte a ser uma pessoa normal e sana novamente.

Um mês depois encontre a moça no Facebook. Veja que ela gosta de Paulo Coelho, U2, Capital Inicial. Esqueça-a completamente.

quinta-feira, 17 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Como Alain de Botton pode mudar sua vida

"Há poucas coisas às quais os seres humanos se dedicam mais que à infelicidade. Tivéssemos sido colocados na Terra por um criador maligno para o único propósito de sofrer, teríamos boas razões para nos congratularmos pelas nossa resposta entusiástica à tarefa que nos foi dada. Sobram razões para o desconsolo: a fragilidade de nossos corpos, a inconstância do amor, a insinceridade da vida social, os compromissos da amizade, os efeitos mortais do hábito. Em face dos problemas tão persistentes, poderíamos esperar, naturalmente, que nenhum acontecimento fosse aguardado com maior expectativa do que o momento da nossa extinção".
Esse é só o primeiro parágrafo de "Como Proust pode mudar sua vida" do Alain de Botton.

É o terceiro livro que já leio do cara e farei o possível para ler todos que puder, por mais que muitas vezes haja um cheirinho de auto-ajuda de grife em seus escritos.

Cry Baby: The Pedal That Rocks The World

Cry Baby: The Pedal That Rocks The World from Joey Tosi on Vimeo.



"Cry Baby: The Pedal That Rocks The World" é um documentário de quase uma hora sobre o "uá-uá" ou "wah-wah", aquele pedal tão clássico da música.

Desde sua invenção, o primeiro artista que gravou e sua popularização no rock, na indústrica pornô, está quase tudo no vídeo. Logo de cara tem o Slash falando sobre. Não vou dizer que é obrigatório, mas que é muito curioso ficar sabendo disso é!

Vi aqui.

terça-feira, 15 de março de 2011

El Cuarteto de Nos - Miguel Gritar



Fazia tempo que uma das minhas bandas preferidas do mundo hispano hablante não lançava nada. "Miguel Gritar" é do disco Bipolar, lançado em 2009.

O clip é estranho, assim como as letras desses uruguaios, e foi filmado em Castillos, no interior do país, que na verdade parece qualquer cidadezinha pacata do Uruguai como Carmelo ou Colônia.

No entiendo que pasa
Trabajo como un burro y no puedo comprarme casa
Y nada, me asombra
Y estoy tan tranquilo, como una bomba
La vida me dio boca de jano,
Siempre fue el ultimo orejón del tarro
Y no doy mas una mano
Este mundo no esta sano
Y no aguanto ni un minuto mas

The National - Think you can wait



Think you can wait, nova música do The National feita para o filme "Win Win", que tem nada menos que Paul Giamatti no elenco.

Matt Berninger, o vocalista, disse que a banda compôs a cancão depois de ver o filme, inspirados na história de pessoas normais e boas que tentam fazer o seu melhor e batalham para continuarem boas.

"Think you can wait" foi gravada no estúdio da banda e rola nos créditos do filme. A moçoila Sharon Van Etten também aparece nos vocais.

Mais do Matt sobre a música:

"We knew he was a serious director," Berninger said, mentioning that he enjoyed McCarthy's directorial debut "Station Agent" and 2007's "The Visitor."
The material of "Win Win" was "just the kind of thing our music would work well for."
"It's about very normal and good people trying to do their best and the struggle to be good," Berninger says.
So upon viewing the movie while on tour, Berninger began cobbling together melody ideas and working with his wife on lyrics. When the band returned to Brooklyn, they hit cohort Aaron Dessners' home studio with Brooklyn neighbor and frequent show opener Van Etten and producer Peter Katis. All in all, "Think You Can Wait" was only completed a month ago.
"This was the first time we had written specifically for a film," Berninger told me. "We wouldn't normally do that, but Tom McCarthy's movies are so good. Watching ['Win Win'] helped inspire the way the song was written. I mean, it isn't at all narrative to what happens in the movie -- we don't mention Paul Giamatti by name or anything. But it was fun, and it's a good song, we're very proud of it."

Ir-se não é nada

"Ir-se não é nada, a coisa é dar-se conta de que há uma mecânica de chiclete no processo, pois é como se você ficasse aderido e aos poucos vai-se estirando". Ou quando diz: "apenas a contemplação de um envelope, ou o cheiro do papel, me devolvem a chicotadas a Buenos Aires."

Do novo livro póstumo do Cortázar, que é uma troca de cartas com seu velho amigo.

Daqui.

segunda-feira, 14 de março de 2011

The Gift: Made for you



Xuxubeleza essa música Made for you do grupo The Gift que, por mais que cantem em inglês, são uma banda portuguesa com toda certeza.

A introducão é longa, mas vale a pena esperar.

Ou algo assim


Né?

daqui.

sábado, 12 de março de 2011

Odair José Feelings



Felicidade não existe.
O que existe na vida são momentos felizes.

O Lado Fatal

Não digam que isso passa,
não digam que a vida continua,
e que o tempo ajuda,
que afinal tenho filhos e amigos
e um trabalho a fazer.
Não me consolem dizendo que ele morreu cedo
Mas morreu bem ( que não quereria uma morte como essa?)

Não me digam que tenho livros a escrever
e viagens a realizar.
Não digam nada.

Vejo bem que o sol continua nascendo
nesta cidade de Porto Alegre
onde vim lamber minha ferida escancarada.

Mas não me consolem:
da minha dor, sei eu.


Achei "O Lado Fatal" entre as dezenas de livros que estão na estante do meu apartamento aqui em Porto Alegre.

Não conhecia bem a história da Lya Luft e nem do que originou esse livro. São poemas fortíssimos e todos com a mesma temática: a morte do seu marido Hélio Pellegrino.

sexta-feira, 11 de março de 2011

The National em Buenos Aires.


O dia que você confirma que vai ver a banda que mais escutou nos último anos só pode ser um bom dia.

Melhor ainda saber que irei vê-los no La Trastienda, em Buenos Aires, um lugar lindíssimo para shows médios e palco de momentos sensacionais da minha vida. Foi lá, por exemplo, que vi o Jens Lekman, numa noite mágica onde o sueco pos aquela argentinada toda pra dançar ao som de suas músicas com letras bizarras. Uma apresentação perfeita, principalmente no timing em que vi o cara. Era apenas quem mais escutava na época e só isso bastava.

Às vezes me frustro um pouco porque o artistinha que vive dentro de mim quer escrever coisas legais, compor músicas decentes e fazer coisas diferentes. Mas quando escuto The National, Jens Lekman e o Andrés Calamaro parece que nada mais precisa ser dito. Tudo que sinto e penso sobre o mundo já está traduzido. Tudo está ali. Meu nível de adoração por esses caras beira a insanidade.

Sem contar é claro, a a legria de saber que passarei mais uns dias a Buenos Aires. É incrível como fico contente ao voltar pra essa cidade de que tanto quis fugir. A grande alegria está em saber que é só uma visita, que vou pra Buenos Aires mas volto. Aproveito o que ela tem de melhor apenas e deixo os seus problemas pros porteños que lá habitam.

Enfim, hoje, sexta-feira, está sendo um bom dia.

quarta-feira, 9 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

Eu fico triste quando chega o carnaval



Carnaval nunca foi a minha. Às vezes tento driblar o assunto em conversas, dizer que até curto, mas a grande verdade que não é pra mim. Quanto mais longe de aglomerações, melhor.

O que mais me incomoda no carnaval é essa ditadura da felicidade. Todos tem obrigação de estar irradiantes, pulando como loucos e aproveitando o máximo.

Também não concordo com isso de planejar tanto, viajar pra estar numa multidão em outra cidade, comprar abadás, beber todas, pegar geral só pra estar feliz. Alegria não precisa de planejamento. É bem simples. Ou a gente é feliz no agora ou não é. Devemos estar bem com a gente sempre e não só irradiar uma alegria forçada durante quatro dias.

Fora que dizer aos quatro cantos que você está alegre é que nem falar pra todo mundo que você não está bêbado. No fundo você está mentindo pra si mesmo.

Bom Carnaval para vocês.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Coffee Confessions



Adorei esse séria The Coffee Confessions. E curti mais ainda ao ver que o primeiro deles, esse vídeo acima, é com a venezuelana que melhor fala português em toda Argentina: Ana Laya.

Me identifiquei um monte com o que ele falou, talvez por essa coisa de mudar tanto, não saber onde mais você é e estar cansado de tantas coisas.

O site do The Coffee Confessions:
http://thecoffeeconfessions.wordpress.com/

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Yo no sé mañana



Hit perfeito do Príncipe da Salsa, pra quem nunca soube de nada e está mais perdido que filho de kenga no dia dos pais.

Esta vida es igual que un libro
Cada pagina es, un dia vivido
No tratemos de correr antes de andar
Esta noche estamos vivos
Solo este momento es realidad
No, no, no seeee

Esta vida es una ruleta que tira sin parar
Yo no se si tu, yo no se si yo, como sera el final
Puede ser peor, o puede ser mejor
Deja que el corazon decida vida mia lo que sentimos

A primeira vez



Estou em Porto Alegre. Vim para passar um mês, mas nem reclamaria muito se nem voltasse.

Por enquanto tudo está uma beleza. Os gaúchos dizem muito mais "bom dia" do que os curitibanos e parecem mais simpáticos.

Estou num centro não muito central assim. O lugar me lembra um pouco a San Telmo de Buenos Aires, com seus prédios antigos, os moradores que se conhecem, os pequenos comércios que parecem que estão ali há séculos.

No mais é isso. Estou adorando essa sensação de ver tudo pela primeira vez, descobrir lugares e pessoas. Pretendo ficar o menos possível na internet e ler pelo menos 10% dos livros lá do apartamento.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Prazer, Duc des Esseintes

O Duc des Esseintes morava sozinho numa grande vila nos arrabaldes de Paris. Ele raramente saía, para evitar o que chamava de feiúra e estupidez de outras pessoas. Uma tarde, quando era jovem, aventurou-se a ir ao vilarejo próximo por algumas horas e percebeu que sua aversão pelas pessoas se tornava feroz. Desde aquela época, preferia passar os dias sozinho na cama em seu escritório, lendo os clássicos da literatura e formulando pensamentos ácidos sobre a humanidade.


A Arte de Viajar, Alain de Bottom.

Bruna Surfistinha, eu vi.



"Bruna Surfistinha" nem é tão ruim assim, é bem ok. Tem cenas de sexo caprichadíssimas, outras bem engraçadas, uma trilha sonora com Radiohead, uma Deborah Secco muito bem. Mas é só isso.

O grande problema é que é previsível. Não existe nada ali que não seja esperado. E mesmo se tratando de um filme baseado numa história real o roteiro poderia sair um pouco do feijão com arroz e ousar mais. Ousadia não é só cena picante (isso tem de sobra), mas quebrar um pouco a mesmice e surpreender quem assiste.

Mesmo assim, acho que vale a pena ver o filme. E digo isso para a maioria dos filmes nacionais que entram em cartaz. É interessantíssimo ver atores e caras conhecidas fazendo coisas além da novelinha diária sem sal.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sonhar pequeno


Às vezes me impressiono com a minha grande capacidade de sonhar pequeno. Quando sonho mal lembro o que sonho quando acordo. Quando lembro é sempre algo tão irrelevante que dá raiva.

Podia sonhar que tinha um tórrido romance com uma Zooey Deschannel que me chame para pontas em seus filmes ou um rockstar que toque o último hit que compus no violão chamado "Garçom de Churrascaria" para uma multidão de 200 mil pessoas ensandecidas.

Mas não, o último sonho que lembro foi de estar discutindo loucamente por um troco errado num estabelecimento comercial qualquer sem qualquer glamour. Não era uma discussão num restaurante de Veneza, nem de Paris, muito menos um bate-boca com Richard Ashcroft do meu lado. Era apenas um desperdício de sonho.

Lembro que vi no Mundo de Beakman, quando eu era criança, uma espécie de fórmula para escolher o que você sonha. O Beakman explicava, ao lado do rato Lester, que era preciso imaginar coisas antes de dormir e fazer ligações com o que essas coisas te lembravam. Era algo assim. Comigo nunca deu certo. Continuo sonhando pequeno.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Canção pra não voltar



Lindeza essa música da Banda Mais Bonita da Cidade, um dos vários projetos do canalha mór Rodrigo Lemos.

Extraño

Ando em crise com esse blog desde o momento que o criei. Ele não tem foco, não é sobre nada, não diz a que vem.

Abro o blogger e fico olhando para um quadrado em branco esperando minhas letras. Prometo que não vou escrever nada sobre mim, mas aí começo a digitar e no final do texto vejo que não consegui fugir disso. Na maioria das vezes apago tudo e deixo pra lá.

Estou a poucos dias de começar uma nova jornada, novamente numa cidade estranha, e ando pensando bastante em Buenos Aires e o que me fez sair de lá. Bateu saudade de alguns detalhes dessa cidade que tanto odiei e amei, algumas coisas frívolas e outras nem tanto. Cheguei a conclusão de que não era exatamente a vida de estrangeiro que mais me incomodava. O que me doía mesmo era a solidão que aquele lugar me causava. Solidão essa que por poucas vezes consegui vencer. Quando vencia, era alegria pura. No resto dos dias, era aquela convivência tediosa.

Acabei de ler um texto velho e genial do Fabiano Goldoni, postado na época no seu Café con Medialunas. É bem isso. Tem horas que também tenho saudades de sentir saudade do Brasil

Extrañamiento

No começo, a gente vivia com saudades de Porto Alegre, do Brasil e da Globo. Agora, depois de 3 anos morando em Buenos Aires, a gente já sente saudades de algumas coisas daqui quando passa mais de 4 dias no Brasil.

Tenho saudades das caminhadas em Palermo e Belgrano no fim de semana.

Saudades de comprar fruta na fruteira, carne no açougue e vinho bom e barato na vinoteca da esquina. Melhor que isso só fazer tudo isso no Zaffari.

Saudades de pedalar em San Isidro.

Saudades do cheese cake de Baileys do Fresh Market em Puerto Madero. Na verdade, a saudade não é especificamente desse cheese cake, nesse lugar, nesse bairro. O saudosismo que eu sinto é da possibilidade de ter isso próximo de mim caso seja atacado pelo desejo.

Saudades de ir em cinema de rua.

Saudades de passar meses e meses comprando roupa sem ter que entrar num shopping.

Saudades da Cristina Kirchner e do modo faca-na-bota dos argentinos discutirem política. A política argentina é um caminhão sem freio descendo morro a baixo. Todo mundo sabe que, cedo ou tarde, vamos bater em alguma coisa. E o que todo mundo espera é que seja em algo relativamente macio. Como sou um cara otimista e sempre de pensamento positivo, eu encaro esse aspecto da vida aqui como um esporte radical.

Saudade de poder ter ataques de mau humor e parecer normal para os outros.

Saudade de ter centenas de opções de peças teatrais e ignorar todas elas. Eu já comentei aqui que não gosto de ir ao teatro?

Saudade de caminhar na avenida Corrientes numa sexta à noite, ver todas aquelas luzes, aqueles cartazes de peças teatrais e pensar “Que bom que existe o cinema. Se não fosse essa invenção genial, eu teria que estar assistindo uma peça de teatro nesse momento.”

Saudade do paradoxo que é comentar com pessoas, que comem tripa de boi recheada de cocô, que eu como pizza com coração de galinha e ver elas fazerem cara de nojo.

Saudade de tomar cachaça de alambique pura, porque sou brasileiro. E não cachaceiro.

Saudade de ver os velhinhos caquéticos andando de fralda geriátrica na rua e pensar que, sim, existe vida mesmo quando você está com os dois pés na cova.

Saudade de ligar a TV no domingo e não escutar a voz do Faustão. Ô loco! Urra, meu!

Mas a saudade que eu mais gosto, a minha preferida, aquela que me faz salivar só de pensar, é a saudade de poder sentir saudades do Brasil. E digo isso com a mão no coração, olhando pro Cruzeiro do Sul e balbuciando as estrofes do Hino Nacional: cacete, como é bom ser brasileiro!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Amor em tempos de Slavoj Zizek



Assume the mistake and go to the end, we have a name for this: Love. Love for me is a extreme violent act.

Sensacionais essa definição de amor do Slavoj Zizek, talvez o filósofo dos dias de hoje que mais curto.

Adoro o jeito caótico dele. Se você não conhece o Zizekão, sugiro começar pela Wikipedia.

Ou ver esse documentário sobre o cara, que está inteiro no Google Videos, em que descobri que ele já foi até candidato a presidente da Eslovênia em 1990.

Ou o ótimo Pervert's Guide to Cinema.

* O vídeo em aí em cima, em que Zizek fala do amor, foi gravado na frente da Biblioteca Nacional da Argentina, na Recoleta em Buenos Aires.

Face a Face com o Homem

Encontrei INRI Cristo nessa última quinta-feira. Estive face a face com o Homem.

Tomava eu uma água tônica light num posto Graal de Registro quando de longe vi aquelas discípulas ajudantes vestidas de azul claro, conhecidas mundialmente pelas suas versões místicas musicais, comprando uma coxinha de R$ 4,10 na loja. Alertei meu pai, que degustava um cafezinho, que se aquelas meninas estavam por ali havia chances do INRI estar por perto. Olhei ao meu redor e nada de INRI.

Pagamos então a conta e já estávamos entrando no carro quando avisto um homem de túnica branca adentrando ao Graal. Saí correndo e vi INRI perguntando pra atendente da lanchonete como funcionava o lance dos cartões. O mestre parecia muito perdido, não entendia como que pagava o lanche no Graal, quando o abordei pedindo uma foto. Recebi uma benção e fui embora, pensando na magnitude do tal encontro e como minha vida estaria diferente a partir daí.

A foto ficou uma bosta porque foi tirada pelo celular do melhor estilo xing-ling Mp8 do meu pai. Pelo menos que a foto ruim sirva para ele trocar de aparelho.

Ainda estou me remoendo de não estar com minha filmadorinha na mão. Poderia ter abordado as mocinhas e cantar uma versão mística com elas. A minha favorita é a de Toxic, da Britney Spears.

E você, já encontrou o Salvador hoje?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Por favor, mente

Gamei nessa letra do Tom Bloch!



hoje eu sou seu pra sempre
se eu perguntar
por favor mente
e fala tudo que você não sente
por favor mente
que a sua mão vai ser a minha luva
se a solidão é um dia de chuva
você vai me abrigar
sobre tudo, sobre todas as coisas
me ame até o fim da vida
mesmo que seja só até o dia chegar
depois talvez nem eu mesmo lembre
das juras eternas que a gente trocar
da cor preferida, ao nome dos filhos
e que eu já fui teu pra sempre
um dia eu fui teu pra sempre
eu já fui teu pra sempre
um dia eu fui teu pra sempre
um dia eu fui teu pra sempre
que eu já fui teu pra sempre
pra sempre...

O Leo Vinhas já tinha comentado, mas só agora fui ouvir com gosto.

Beady Eye e o pequeno Harrison



Conheça Harrison, um moleque de 2 anos que teve seu nome inspirado num Beatle e que fica insano ao ouvir o Beady Eye, nova banda do Liam Gallagher.

É esse o tipo de educação que darei pro meu filho!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Amor à primeira mixta

Totalmente doente e genial essa história de amor entre um misto quente e uma bebida Mixta em stop motion.

Um clássico sobre como sanduíches podem mudar de personalidade, deprimir-se, pensar em suicídio e ter uma ajuda de um hamburguer para se reinventar. Gênio. Sensacional!

Capítulo 1


Capítulo 2


Vi no ótimo blog da Ana Laya.

A quoi ça sert l'amour?



Pra que serve o amor mesmo?

Curtinha genial.

Os beijos mais bizarros do cinema



Pra gente aproveitar esse clima delicinha de romance no ar.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Valentine's Day



Para entrar na vibe dessa data tão querida.

Adeus, Ronaldo



Lenda total. Difícil esquecer as alegrias que o cara já proporcionou pra gente, principalmente em copas.

Nesse momento esquecemos da obesidade, dos travecos e dos escândalos. O cara é mito.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

29

Quando completei 29 anos faz algumas semanas não pude deixar numa coisa: agora tenho a idade que meu pai tinha quando nasci.

É uma sensação estranha, de que agora definitivamente não sou tão mais filho e que não há espaço para ingenuidades e criancice. E não dá pra não deixar de comparar, ver tudo que me falta alcançar, de pensar no que é igual e no que é diferente. Pra mim é tudo diferente.

Aos 29 anos alcancei menos, tenho menos e só invejo mais. Talvez ganhe apenas em experiência de vida e casos para contar. Quem sabe numa mesa de bar renderia mais conversa, mas mesmo assim tenho minhas dúvidas. Enquanto um tem causos da Argentina, outro tem sobre a Amazônia.

Mas por mais que todo mundo diga que experiência de vida e vivências sejam importantes, sinto que tudo isso não é invejável. No final das contas ninguém inveja histórias vividas por outros, mas sim feitos. Inveja-se os bens, o apartamento decorado, o carro, a estabilidade, as perspectivas, a família, os relacionamentos. O resto é condimento.

Pelo menos uma coisa me conforta. Aos 29 anos não sou pai de ninguém.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cotovelo e Egito



O Elbow lançou um clip novo, mas aparentemente ninguém está nem aí pra isso.

E o Egito, hein? Invejável como podem mudar um país inteiro. O que eu quero é muito mais fácil. É só mudar uma vida, uma mísera vidinha. Mas tudo parece tão difícil.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Siso louco


Sangrou, bebi litros de sangue, vomitei tudo, cara roxa inchada no melhor estilo Kiko do Chaves.

Além do mais não posso comer comida quente, tomar cerveja e nem dar beijo.

Semaninha from hell tudo por culpa do siso.

Black Swan


Assisti o tal do Cisne Negro, achei demais, mas fica por aí. Não vi aquele filme arrebatador, aquela interpretação monumental e nada de outro mundo. Minha companhia pro filme soltou adjetivos como desvirginal, visceral, gutural. Senti inveja.

Invejei ficar embasbacado, sentir algo tão de verdade. Sinto inveja daqueles que se empolgam com o novo cd sem graça dos Strokes, de novidades nada novas de cinema, música e da vida. Fico me perguntando se sou eu o insensível ou as pessoas que andam se contentando com tão pouco? Invejo-as mesmo assim.

Mas nada está perdido. O The National pode tocar no Brasil e há claras esperanças de empolgação. Seguimos buscando o que aquela música do El Cuarteto de Nos diz "Algo que parta de un tirón, mi corazón como un infarto".

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fin de Fiesta



Kevin Johansen é um clássico. Fazia tempo que não lançava coisa nova.

Nessa canção toda banda participa cantando, inclusive o Liniers.

Bem música de fim de festa, fim de show, fim de ciclo.

Ya se terminó,
ya se va la gente,
ya sé lo que me vas a decir:
que no hay que llorar,
que son cosas que pasan...
y yo siempre lloré por no reir.
Pero no me queda más memoria
y no hay foto que quiera borrar.

Ya se acabó,
ya es el fin de fiesta,
y nace el tan temido qué dirán.
Si se fue con él,
si ella se fue con ella...
Los que no entregaron, ya lo harán.
Si la vida es una orgía lenta,
lo mejor debe estar por llegar.

Ya se terminó...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Stay out super late tonight

Esse Tumblr do The National é ótimo. Já falei aqui?

My medium-sized

You know you have a permanent piece
Of my medium-sized American heart

We're out looking for astronauts, looking for astronauts
We're out looking for astronauts, looking for astronauts

Got it?
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...