segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Swell Season e o caso de amor com um violão

Violão ferrado no Oscar!

Existe uma relação muito estranha de um violão com seu dono e geralmente você só percebe isso quando toca um violão que não é seu.

Quando um violão que não é o seu está nas suas mãos você fica um pouco mais inseguro. A distância das cordas, dos trastes e o som não é o mesmo. É um território diferente. Muitas vezes você tem que ficar olhando para seus dedos para conferir se eles estão realmente onde deviam estar. Quando você está com a sua viola, nada disso acontece. Você pode tocar de olhos fechados tranquilamente porque conhece aquele instrumento tão bem que não existe chance de errar o acorde ou nota. Você tem uma vida em conjunto com ele. Já tocaram em vários lugares, seja em casa ou numa apresentação e aquela caixa acústica de madeira leva um pouco da sua história com ela.

Quando vi o Glen Hansard, o ruivo irlandês líder do Swell Season, entrando com seu violão esburacado e fudido e cantando "Say to me now" com todo seu coração já me dei conta que o show deles seria honesto, na melhor significado da palavra. Aquele violão esteve junto com ele nas gravações do despretensioso Once, esteve na premiação do Oscar quando eles ganharam como melhor música de 2008 e não podia deixar de estar no Brasil.

Nem vou falar da emoção de escutar "Falling slowly" ao vivo, "LOW Rising", "When your mind's made up", "Leave" e dos covers de Van Morrison tocados naquela viola cheia de causos. Foi um show lindo que valeu muito a viagem pro Rio de Janeiro.

4 comentários:

Tati disse...

A simpatia do Hansard, a forma como ele estava à vontade conversando com o público, as pausas para uma brincadeirinha, a leveza do show, fez com que tudo ficasse ainda mais bonito.
Eu olhava para eles e não via o glamour de um Oscar. Eu só consegui ver a paixão pela música, simples como deveria ser.

André Alvarez disse...

Fala Túlio,

Demorei pra achar seu blog brazuca, mas cheguei até aqui enfim.

Fui no show do Swell Seasons na sexta-feira aqui em São Paulo. Excelente mesmo. Além da qualidade das canções, é admirável a naturalidade do Glen Hansard com o público, tornando o show ainda mais íntimo e, como vc disse, honesto.

E a Marketa é duma doçura extrema. Dá vontade de apertar as bochechas e chamá-la de fofa :-)

Abração,

Túlio disse...

porra, Drex... faz ERAS que não te vejo. Muito bom saber que tu passou por esse meu singelo espaço cibernético.

Daniely Albuquerque disse...

Queria tanto ve-los cantar ao vivo.
O filme de longe eh um dos meus preferidos.
Td bem que nao estou em Dublin, mas todas as cidades por essas bandas sao parecidas hahah
Ando pela High Street me perguntando, Sera que tem algum He por aqui? hahaha
Abracos

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