sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Meu melhor presente de Natal


O Natal está chegando e não é só as festas de família e o CD Simone 25 de Dezembro que ficam em voga nessa época. Não podemos negar que aquele espírito natalino de caridade e bom-mocismo aflora na gente. Confesso que raramente sou caridoso e questiono bastante a efetividade de muitas ajudas feitas por aí. Na maioria das vezes vejo só os problemas e deixo passar as soluções.

Pois bem, graças ao meu trabalho atual na Contenido acabei conhecendo a Aliança Empreendedora (um dos nossos novos clientes), que é uma ONG que basicamente não dá o peixe, mas ensina a pescar às pessoas carentes. Eles são respaldados por várias empresas e recentemente participaram do Caldeirão do Huck, num novo quadro onde eles ajudam os participantes a se tornarem empreendedores. O primeiro caso deles foi transformar o jornal Voz da Comunidade, aquele lá do Complexo do Alemão, numa empresa de verdade.

Um dos vários braços da Aliança é o Impulso, que dá microcrédito ao pequeno empreendedor. Eles tem um site fantástico, onde você pode conhecer vários empreendedores e escolher para quem doar. Lá você tem todos os detalhes de como o dinheiro vai ser investido, histórias das pessoas, fotos e até os vídeos. Mas a diferença crucial que faz essa doação algo único é que o seu dinheiro volta. Sim! Assim que o empreendedor consegue o retorno do investimento, ele devolve o valor a sua doação e com isso você pode depois escolher outra pessoa para quem doar esse dinheiro.

Li o site todo e entre as várias histórias acabei escolhendo para doar a do Aparecido, que mora em Almirante Tamandaré, aqui do lado de Curitiba. Ele tem um micro empreendimento de silk screen e precisa de 500 reais para comprar uma impressora e melhorar o negócio. Graças as doações recebidas conseguiu 25% desse valor. Lá tem toda história dele, um vídeo, como o dinheiro será usado e detalhes da sua empresa, o que deixa muito mais humano qualquer doação que a gente faz. De verdade espero que ele consiga arrecadar o dinheiro necessário logo, retorne o investimento para depois eu escolher outra pessoa para ajudar.

Enfim, é natal e como eu não tenho nenhum grande presente que desejo pra mim, decidi fazer essa doação. É tanta ONG nesse mundo que a gente desconfia de como o dinheiro será usado. Sempre bom conhecer gente séria e transparência nesse ramo.

E você por que também não ajuda? Visite o site, leia as várias histórias e saiba como efetivamente mudar a vida de alguém com o seu investimento. Porque sinceramente a gente não vai mudar o mundo com promoçãozinha de twitter.

3 comentários:

Eu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Adri disse...

exclui o comentário anterior por causa de uma longa conversa com um amigo sobre essa ONG. Vimos que eles cobram uma taxa de juros de 3,7% ao mês (arredondando pra 4%) dá 48% ao ano. Aí veio a seguinte questão, eu contribuo com a pessoa, ela vai ter que pagar e o que contribui depois de 2 anos é revertido para a ONG, logo ela recebe o que a pessoa paga e o que eu investi (aí começou as dúvidas). Porém isso é "justo", pois ninguém trabalha de graça nesse mundão de Deus.
A iniciativa é legal, pois as pessoas não tem capital para investir e falta conhecimento para fazer isso de forma eficiente para crescer, gerar empregos e aquecer a economia.
O bacana disso é que eles estão conseguindo falar 2 linguagens: a do microempresário que está precisando de informações para se desenvolver e a linguagem das pessoas que querem ajudar mas não sabem como, isso é algo muito bacana.

Lina Useche disse...

Olá,

Acho legal ter colocado em discussão esta questão, pois é um assunto muito discutido no setor do microcrédito. Sou diretora da Impulso Microcrédito e acredito que o empreendedor merece acesso a capital e um juro justo também, por isso o juro da Impulso incide sobre o Saldo devedor, o que faz com que a taxa anual não seja maior que 26%, sem falar que se o empreendedor é pontual, ele obtém o segundo crédito por 2,9% e pode baixar mais. Nosso objetivo também, é que, a partir do momento que a gente consiga ter uma giro bom de doações e não depender de capital de banco possamos mexer nessa taxa. Outra questão é que o atendimento é caro, nós temos uma assessor que acompanha o empreendedor durante todo o período do crédito, para orientar e auxiliar sempre que necessário. Nós não queremos ser iguais às organizações em que cada assessor atende 500 clientes. Isso não é qualidade.
Bom, espero que possa ter esclarecido, qualquer dúvida estamos à disposição no contato@impulso.org.br.

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