Além de toda técnica na escrita que quero melhorar, já percebi que o que mais vou absorver desses encontros são as experiências de pessoas totalmente diferentes de mim.
Ontem, no primeiro exercício, cada um tinha que entregar seu RG para outro aluno e escrever uma mini-biografia sobre o dono daquele documento estranho que chegava às suas mãos. Transformei o colega do lado num lobisomem curitibano, mas o que gostei mesmo foi o que a dona Nadjéia contou ao ver meu RG.
Na história dela, que é uma vovó polaca e tem um nome que significa Esperança, eu era um menino das alterosas de Minas Gerais que logo ao nascer falou um palíndromo, depois crescido começou a pirar em anagramas para mais tarde se tornar um apaixonado pelas letras. Ela leu tão empolgada e com tanta efusividade essa vida de mentira que achei lindo. É bizarramente interessante quando as pessoas falam de nossas vidas para a gente, muito mais ainda quando se trata de uma realidade paralela do além. Fiquei um pouco com inveja da minha vida criada pela Esperança polonesa já que nela tudo parecia ser mais poético.
4 comentários:
coisa bonita essa história. talvez o exercício literário da sua nova amiga de curso seja para lembrá-lo justamente da esperança. de que há sempre novas vidas possíveis dentro da sua. beijo!
Ae Mari!
Hay que tener esperanza!
Viu só como não é só nordestino que tem nome feio? a polonesa não se chama waldilisvania, mas ta quase lá!
hahah
Poxa, Juju...... olha o preconceito, menina!
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