- Eu não quero um aspirador de pó. - disse a Perfeccionista.
- Eu não estou vendendo aspiradores.- ele respondeu. Sua voz era lírica, calma e reconfortante.
- O que você está vendendo?
- Estou vendendo amor. - ele respondeu.
A Perfeccionista se inclinou contra a ombreira da porta. Um cheiro de cigarros vinha de seu cabelo e suas roupas. Saiu da entrada da porta e indicou para que ele a seguisse para dentro da casa.
Na cozinha ele abriu seu case de amostras sobre a mesa. Puxou as pernas de sua calça enquanto sentava. Cruzou a perna direita sobre a esquerda, revelando suas meias xadrez.
- Em que tipo de amor você está interessada hoje? - ele perguntou.
- Que tipos você tem?
- Bom... Tenho o amor que você quer, o amor que você pensa que quer, o amor que você pensa que quer mas percebe que não é quando finalmente o consegue...
- Esse deve vender bastante.
- Vende sim.
- O que mais você tem?
- Tenho o amor que é seu enquanto você faz o que te mandam, o amor que preocupa porque não é bom o suficiente, o amor que preocupa porque será descoberto, o amor que tem medo de ser julgado, o amor que é quase - mas não por um pouquinho - forte o suficiente, o amor que faz você sentir que eles são melhores que você...
- Chega!
- O quê?
- Não quero nenhum desses tipos.
- Que tipo você quer?
- Quero o tipo do que eu tinha com o Tom.
É por falas assim que estou adorando esse livro "All my friends are superheroes". Esse texto acima é uma tradução livre minha de um pedaço do capítulo nove (o livro ainda não foi lançado em português) e posso te garantir que essa nem é a melhor parte de tudo.
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