quinta-feira, 17 de junho de 2010

Aol Sul da Fronteira


Não gosto do Hugo Chavez nem do Evo Morales. Não me sinto de esquerda ou de direita. Ideologia? Eu não tenho uma pra viver, definitivamente.

Convivi com vários venezuelanos na Argentina e pude conhecer melhor tudo o que eles passam e como a vida deles mudou desde a chega do Chávez no poder. Não consigo nem imaginar essa coisa de exílio forçado que muitos passam, já que voltar pra lá não é opção para eles. O resultado é uma fuga de cérebros para os Estados Unidos e outros lugares do mundo.

Desde o ano passado, quando foi noticiado que o cineasta Oliver Stone estava percorrendo a América do Sul e entrevistando vários presidentes para documentário "Ao sul da Fronteira", já fiquei interessado em ver no que isso resultaria.

Depois de muita espera finalmente o tal documentário estreiou em Curitiba e fui assistir numa sala vazia no cinema do Novo Batel, só outro champs e eu prestigiando. Não é a toa que certas produções demoram eras para chegar na cidade e quando chegam ficam uma semaninha e olhe lá.

Mesmo não concordando com muita coisa que é dita, não posso negar que Oliver Stone conseguiu fazer um documentário bem incisivo e que flui fácil. É muito interessante ver os absurdos e as contradições da mídia americana, além do ponto de vista de Lugo, Cristina, Chavez e Lula sobre os mais variados assuntos. E claro, querendo ou não, ajuda a tentar entender afinal porque eles agem como agem e como estamos como estamos aqui no Sul da Fronteira.

Aqui um pouco da rápida participação do Lula:

2 comentários:

Anônimo disse...

Do Chávez não gosto. Porém, não gosto por esquerda, coisa que não acredito que ele seja. Como jornalista, não posso comprar baboseira da falta de liberdade de expressão na Venezuela, que é mentira que não existe já que 80% dos veículos venezuelanos é privado e oposicionista. Dizem e fazem o que bem entender.

A patronal do jornalismo não representa aos jornalistas.

Também conheço venezuelanos que vivem no Rio. Nenhum pode dizer que seja perseguido político, nem que na Venezuela existem falsos positivos de mortes -como sim acontece na Colombia, por exemplo-, nem nada. Eles me fazem lembrar quando surgiu o peronismo na Argentina: a classe media e alta, teve sim, que conviver com um pobre, "cabeza negra" que sim tinha pensamento político.

Do Evo sim gosto. Antes dele, a Bolivia até teve presidente que falava em espanhol com sotoque pq tinha nascido e crescido nos EU.

Agora a Bolivia pode dizer que é um pais, não mais uma colonia digitada por meia dúzia de branquelas. E não digam que são descendentes de espanhóis da época da colônia pq a grande corrente migratória européia na Bolívia é das décadas do 30 e 40.

Na Bolivia teve até grupo comando que tentou assassinar Evo e foi uma das noticias menos "noticiadas" que eu lembre na imprensa brasileira.

Leo Carioca

claudemir disse...

Não acredito em esquerda e direita, acho que em todo regime existem ou que excluem e os que são excluídos. O problema é quando este jogo é permeado por algum tipo de extremismo radical, o que me parece ser o caso da Venezuela.

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