segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Paradoxo da escolha


Existe uma alegria enorme quando você consegue algo que sonhou e desejou. Alegria, excitação, vontade de gritar GERONIMOOOO no meio da rua, dançar embaixo da chuva e fazer cover de uma canção do Gipsy Kings. Mas logo depois disso tudo vem uma espécie de vazio.

É uma incerteza, uma busca, um "e agora, José?". E agora que conseguimos o que desejamos o que vamos desejar?

Esse é o perigo de querer algo demais. Em quase 100% dos casos você se cega e acaba se esquecendo de tudo aquilo que vem junto com o que você deseja.

Faz algumas semanas vi no youtube uma palestra dessas do TEDTalks que tem o título do post: O Paradoxo da Escolha.

Basicamente o tiozinho sociólogo simpático tem a tese, que ele transformou em um livro, que quanto maior as opções e possibilidades de escolha, maiores nossas chances de sermos infelizes. Ele dá um exemplo dos 125 tipos diferentes de molhos de salada que existem no mercado. Se você escolhe um e ele não é tão perfeito assim, logo você imagina que algum dos outros 124 molhos poderia ser. Quanto mais opções maiores suas expectativas. Quanto maiores suas expectativas maiores suas frustrações.

Segundo ele, o segredo da felicidade é ter baixas expectativas. Difícil, não? Eu que o diga!

Outro exemplo é de um dia que ele foi comprar uma calça jeans. Antes ele chegava e só existia um tipo de calça jeans. Por mais imperfeito que fosse, aos poucos ele ia se ajustando ao corpo e a escolha sempre era acertada. Agora, existem quinze mil diferenças, opções, cores e trimiliques. Antes, se a calça jeans era uma bosta era fácil achar um culpado: o fabricante. Hoje, se a calça é ruim é culpa tua, de quem escolheu.

Ele segue e segue falando e aponta coisas interessantes. Recomendo! Se você está insatisfeito, tentar entender o porquê disso pode ajudar.

4 comentários:

MarianaSouzaBernal disse...

Algo que sempre penso...
Something as dramatic as our identity is now become a matter of choice, as this slide is meant to indicate. We don't inherit an identity, we get to invent it. And we get to re-invent ourselves as often as we like. And that means that every day when you wake up in the morning, you have to decide what kind of person you want to be.

Circo Golondrina disse...

"Lo mucho se vuelve poco con sólo desear otro poco más"
Estaremos acompanhando vc por aqui, então, Tulio ;o)

Túlio disse...

sábia frase, dona Julieta!

gi disse...

Hah, minha tese tem um capítulo só sobre o paradoxo da escolha e jornalismo! Curto muito esta teoria.

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