quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Eu voltei, mas não foi para ficar


Mal saí de lá e voltei para uns dias. Confesso que nem deu tempo de sentir saudade de Buenos Aires.

Estava tudo lá. O caos do trânsito e a incrível capacidade dos taxistas de se entenderem nisso tudo, a mala onda dos garçons, a cidade que está movimentada mesmo de madrugada com ônibus lotados de gente indo pra náite às 3h da manhã, a fugazzeta com fainá e todo o carisma do Abasto.

E só foi dessa vez que fui conhecer a morada de Carlos Gardel, o mais ilustre morador do meu ex-bairro. Uma casa na calle Jean Jaures é hoje um museu em memória do maior ícone do tango. Aproveitamos o dia ensolarado e a entrada grátis (em dias normais cobram 10 pesos) e conhecemos o lar mais tangueiro do mundo. Deu pra ver até a cozinha e o banheiro onde o Gardelão se banhava, sem falar nas paredes com toda discografia do mito do morocho del Abasto. Um verdadeiro achado!

Conheço pouco, muito pouco mesmo, dele. Ultimamente tenho me interessado mais graças as versões de tango que o Calamaro fez. Seus discos "El cantante" e "Tinta Roja" são recheados de clássicos. Ouço a versão do Calamaro e depois vou atrás da original para ver a diferença. Uma bela maneira de conhecer o tango.

Aqui a dramática "Sus ojos se cerraron", que conheci graças ao Calamaro.

Chora Gardel! Chora Abasto!

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