sexta-feira, 19 de março de 2010

Le Love

Rude, esse era o apelido que recebi no primeiro ano da faculdade. Tudo culpa de um tapa, de brincadeira, que dei na cara de uma menina depois dela ter me dado um igual. A coisa do apelido durou pouco tempo, mas algumas pessoas ainda lembram disso. Dez anos depois, encontro um professor na rua aqui em Curitiba, e ele me disse "Rude!".

Era tudo uma grande falácia, já que não tenho (quase) nada de rude. Às vezes me sinto uma manteiga que esporadicamente se derrete e se esparrama pelo chão. Tanto é que ultimamente me peguei lendo muitas coisas sobre this crazy little thing called love.


Conheci esse o "Le Love" e virei fã. É uma espécie de blog colaborativo sobre histórias de amor, sejam bonitas, impossíveis ou trágicas. Só fui ficar sossegado depois de ler quase todo o arquivo do site. É interessante notar tantas similaridades com as nossas próprias histórias, comportamentos que se repetem, clichês que estão mais vivos que nunca em qualquer lugar do mundo e ver diferentes maneiras para descrever a mesma coisa: Le love.

Outra coisa foi esse livro aí de cima. Tem nome de romancezinho barato, capa de auto-ajuda, mas engana bastante. É muito mais que isso. Desde que vi a resenha dele no Scream & Yell fiquei tentado a comprar. Alain de Botton, o autor, é algo como um filósofo light para as massas, que agrada tanto os letrados como os leigos como eu. Um best-seller com um pouco mais de conteúdo que os outros.

Falando em primeira pessoa, ele conta a história de um romance desde seu início ao fim. Como poucos ele traduz em palavras, num misto de filosofica de boteco e filosofia séria com citações de Freud, Nietszche e Kant, as inúmeras dúvidas, pensamentos e medos que todo homem tem quando tenta seduzir uma muchacha. É uma ótima sensação se identificar em cada detalhe, cada bobagenzinha que você quer interpretar o significado e com isso percerbermos que não somos os únicos loucos nesse mundo.

O início do história, quando o casal se conhece no avião é o melhor do livro. O cálculo das probabilidades que o cara faz para ver quais eram as chances de uma pessoa sentar do seu lado num vôo Paris - Londres é ridículo e genial. O cara usa a matemática e calcula a quantidade de vôos, número de assentos, horários e chega numa equação que é igual a probabilidade de você ganhar na mega sena de tão impossível.

Existe o destino mesmo ou tudo é só resultado de uma equação de probabilidades?

Haja corazón, meus caros!

2 comentários:

Bernal disse...

um pouquinho de corazón outro de razón...

Juliana Bragança disse...

vc era rude... mas as pessoas mudam! e parece q agora vc realmente virou uma manteiga derretida...

parece bom o livro, me empresta?
bjo

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